O Presidente da
Câmara da Povoação pronunciou-se, ontem, sobre a escola na Povoação.
Para
Carlos Ávila, a localização da Escola na Vila é fundamental, a exemplo de
outras terras onde é reivindicada a existência de Escolas e até de
Universidades, pois elas são sempre razão de dinamização económica e social. “A
saída da escola para outro local tornaria a nossa Vila quase num deserto, sem
ambiente social, com muito menos pessoas nas ruas. E todos sabemos que onde não
há gente, não há negócio e não havendo negócio, não pode haver emprego.
Por
outro lado, o edil considera “também da máxima importância que os estudantes
estejam integrados na vida do dia-a-dia das nossas comunidades. O controlo
social que é naturalmente exercido sobre o comportamento das crianças, dos
adolescentes e dos jovens favorece a sua saudável integração social e a sua evolução
psicológica como cidadãos perfeitamente integrados na sociedade”. E explicou “
se a escola for construída fora, os alunos estão mais vulneráveis a
comportamentos desviantes, podendo até acumular problemas de difícil solução. E
deu exemplos: “chamo a atenção para os casos de gravidez na adolescência ou até
problemas com drogas, infelizmente. Problemas que em todos os lados podem
acontecer, é verdade, mas que acontecem mais facilmente em escolas afastadas
das comunidades sociais. E assim tem acontecido”.
O
Presidente da Câmara da Povoação explicou que “ não crê que pais gostem de ver
os filhos colocados numa escola em lugar isolado e fora de uma comunidade”.
Carlos
Ávila questionou mesmo se haverá falta de espaço na escola da Vila que foi
concebida para 650 alunos e tem, neste momento, cerca de 500”. “Feito o estudo
aos horários deste ano letivo, verifica-se que a escola tem cerca de 77% de
ocupação de manhã, até às 13h25, mas a partir desta hora a escola está
praticamente vazia. E onde estão e o que estão a fazer os nossos estudantes,
aqueles que não têm apoio familiar em virtude dos seus pais estarem a
trabalhar. A falta de acompanhamento familiar não deve ser uma preocupação da
escola? Creio que sim. Porque há de trabalhar a escola do 1º ciclo até às 15
horas e a escola básica e secundária até às 13h25, na grande maioria dos dias
da semana.”
Carlos
Ávila diz não ter dúvidas de que “é preciso saber gerir melhor o espaço
existente, nem tenho dúvidas de que é preciso saber fazer os horários,
sobretudo a favor dos direitos dos estudantes. E se assim fizerem há espaço
para todos e até há espaço para mais atividades”. Por isso, o autarca da
Povoação aconselhou a escola a ser melhor arrumada porque de certeza ficará a
funcionar bem melhor”.
O
Presidente da Povoação consegue perceber que a escola precisa de manutenção.
“Então que se façam essas obras, mas que nunca se tire a escola da Vila. A
nossa escola é uma das melhores fontes da nossa sobrevivência económica e
social e a sua atual localização é um dos principais suportes do bom
comportamento das nossas crianças, dos nossos adolescentes e dos nossos
jovens”.
Povoação,
23 de outubro de 2015
Gabinete
de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal da Povoação
O problema da droga na Povoação é deveras mais grave do que aquilo que o texto possa transparecer. Infelizmente é um mal que está bem presente na Vila da Povoação (mesmo no seu centro, digamos assim), que é já, infelizmente, um antro de droga, de degredo e de permissividade para com diversos actos ilícitos, bem às claras e à vista de todos... e até mesmo em frente à Escola.
ResponderEliminarAbordar a localização da EBI da Povoação pelo perigo de entrada de droga na escola é uma falácia muito grande e, como demagogia que é, ignora o grave problema, não apresentando soluções e sendo mesmo incapaz de resolver ou solucionar um problema que se tornou num monstro incontrolável. Comece-se por aí - a resolver os verdadeiros problemas sociais da Povoação - e depois se discuta a localização da escola. Se esta não servir, que se pense uma solução viável, unicamente para o bem-estar social, académico e pessoal de toda a Comunidade Escolar.