Num ano
marcado pela maioridade do Festival Internacional dos Açores - FIA, na sua 18ª
edição, é anunciada a expansão deste evento cultural a todas as ilhas do
arquipélago açoriano. Pela primeira vez, todas as ilhas serão palco deste
festival único nos Açores.
Inicialmente planeado para abranger sete ilhas, o Festival Internacional dos Açores - FIA, que decorrerá de 31 de agosto a 16 de setembro, irá agora estender-se ao Corvo, Faial, Flores, Graciosa, Pico, Santa Maria, São Jorge, São Miguel e Terceira. Esta ampliação da programação tornou-se possível graças ao apoio da DgArtes, que fortaleceu o evento.
"Estamos extremamente orgulhosos em anunciar que o Festival Internacional dos Açores irá percorrer, pela primeira vez, todas as nove ilhas do arquipélago açoriano. Chegamos à nossa maioridade na 18ª edição e estamos a emancipar-nos, conquistando todo o arquipélago que sempre ambicionamos alcançar. Por isso, fazemos um apelo ainda mais forte a todos os açorianos, bem como aos turistas nacionais e internacionais, para que se juntem a nós nesta festa e celebrem connosco a diáspora atlântica", afirma Tiago Nunes, diretor do Festival Internacional dos Açores.
Para além da música clássica que caracteriza as origens do festival, a programação incluirá também jazz, música brasileira e outras formas de expressão artística, como a participação da comunidade local, grupos de teatro locais e a comunidade em geral. Estão previstos, até ao momento, mais de 40 atividades por todo o arquipélago.
As celebrações dos 50 Anos de Carreira de Herman José, sob o lema "Da clave de sol à clave de lol", são um dos destaques desta 18ª edição do FIA. No entanto, o programa conta com uma ampla variedade de artistas nacionais e internacionais, como Pavel Gomziakov, Andreï Korobeinikov, Tatiana Samouil, Gustaaf van Manen, António Capelo, Artur Pizarro, Adriano Jordão, André Gago, Júlio Resende, Luanda Cozzeti, Maestro Vitorino de Almeida, Rita Blanco, Maria João.
“A proposta do 18º FIA aposta na celebração da multiculturalidade, cosmopolitismo e diversidade artística. Para além dos formatos mais tradicionais, exploramos a contemporaneidade de registos experimentais e de inter-artes e novas formas de nos relacionarmos com as comunidades açorianas e da diáspora. Através de uma programação plural, reunimos diferentes artes e expressões, talentos emergentes e consagrados, formatos de grande audiência e registos intimistas, artistas locais e internacionais”, explica Tiago Nunes.
Numa outra temática, explorar-se-á também a beleza natural dos Açores com a realização de workshops pela fotógrafa Ana Proença, sobre fotografia na ilha Terceira para promover e democratizar práticas fotográficas pela população. Esta atividade vai culminar numa mostra de fotografias que representa a preocupação ecológica com o impacto negativo de resíduos tóxicos na paisagem. A intenção é de sensibilizar o público a agir de maneira responsável e a proteger o meio ambiente.
Para além da programação artística existe uma componente de responsabilidade social onde se prevê o desenvolvimento de parcerias locais, com agentes educativos (Conservatório, escolas e grupos de teatro locais), para introduzir a formação e sensibilização de públicos e aumentar o sentido de pertença dos açorianos através da participação destes grupos nos espetáculos. Por exemplo, o ator António Capelo, vai incluir nos seus espetáculos pelas ilhas grupos de teatro locais, grupos de música amadores, figurinos das localidades e artesãos que participarão nas montagens do palco.
A
programação completa pode ser consultada aqui: https://festivalinternacionalacores.com/
Sobre o Festival Internacional dos Açores
Depois do grande terramoto de 1980, que quase destruiu a cidade de Angra do Heroísmo, Jorge Forjaz, então diretor da Direção Regional de Ação Cultural dos Açores concentrou esforços no reconhecimento cultural e histórico da ilha e da cidade que mais tarde se tornou Património UNESCO da Humanidade. Em 1984, em conjunto com Adriano Jordão, criou na ilha de S. Miguel, o Festival Internacional dos Açores alimentando a onda de dinamização cultural e patrimonial insular, trazendo ao Faial a soprano Tereza Berganza, à qual se seguiram alguns dos maiores nomes da música: Alice de Larrocha, Moura Lympany, Ileana Cotrubas, Lella Cuberli, Sandor Végh, Ingrid Haebler, António Meneses, Maurice Bourg, entre outros, que até 2002 visitaram o arquipélago e trouxeram a sua Arte. Depois de alguns anos de interregno, Tiago Nunes e a CulturXis voltam a dar existência ao Festival Internacional dos Açores em 2021, num novo formato, refrescado de ideias, garantindo que esta iniciativa se mantém viva para bem servir as populações açorianas. Em 2023, a Égide – Associação Portuguesa das Artes, criada em janeiro de 2022, com a missão de prestar um serviço à cultura e ao desenvolvimento social, alia-se ao FIA como patrocinador principal.
Para mais informações: https://festivalinternacionalacores.com/
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