No ano de 2020, a décima edição do Festival Violas do Atlântico privilegiou o encontro entre as Violas de 12 e 15 Cordas dos Açores. Após esse momento de partilha musical, surgiu a ideia de registar em álbum as sonoridades daí resultantes. Já em 2022, Bruno Bettencourt, da Ilha Terceira, e Rafael Carvalho, da Ilha de São Miguel, participantes da referida edição do festival, decidiram e prepararam um alinhamento final e gravaram o álbum.
“Duas Violas, Uma Tradição” conta com 10 faixas, nas quais se incluem modas tradicionais da ilha de São Miguel e da ilha Terceira, assim como 2 originais compostos especialmente para o mesmo. Neste trabalho as Violas apresentam-se muitas vezes em “despique”, seja num “Pezinho” ou em “Os Bravos”, havendo outras situações em que, tocando em simultâneo, se vão complementando, alternando entre o solo e o acompanhamento, como na sua essência mais tradicional. Bruno Bettencourt empresta a sua voz a duas músicas: “Lundum Açoriano” e “Balho da Povoação”.
O álbum será agora
apresentado em 3 concertos. A 25 de Junho, no âmbito das Sanjoaninas, na ilha
Terceira, o Salão Nobre da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo acolherá,
pelas 15:00, o primeiro momento de apresentação. A 5 de Julho será a vez da
ilha de São Miguel receber as duas Violas, com um concerto no Salão Nobre do Teatro
Micaelense, pelas 18:30.
Esta tríade de concertos
terá o seu encerramento a 24 de Julho, no Auditório do Museu dos Baleeiros, na
ilha do Pico, pelas 21:00. Este culminar na ilha montanha terá um formato
diferente. Após uma primeira parte na qual o duo de Violas apresentará as peças
do álbum, haverá um segundo momento que contará com a presença de músicos
convidados: João Fontes (Violão), Manuel Canarinho
(Violino) e Orlando Martins (Viola da Terra). Será um momento muito especial e
de festa, a encerrar esta fase de concertos de apresentação. Todos os eventos
são de entrada livre mediante a disponibilidade de cada sala.
Tendo como mote a união em
torno da nossa Viola, este álbum pretende ser mais um contributo para o
conhecimento da diversidade e riqueza das nossas Violas, procurando a
construção de pontes de comunicação, cada vez maiores e mais coesas, entre os
tocadores de Violas dos Açores.
O álbum é uma coprodução da
Associação de Juventude Viola da Terra e da Sons do Terreiro – Associação
Cultural, tendo contado com o apoio da Direcção Regional dos Assuntos Culturais
e da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo. As captação das Violas, mistura e
masterização estiveram a cargo de Luís Xavier, sendo a gravação de vozes da
responsabilidade de Pedro Machado. O design gráfico é de Paulo Bettencourt.
As apresentações contam com
o apoio do Governo dos Açores, nos eventos da Temporada de Violas da Terra
2023, e com o apoio logístico da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Teatro
Micaelense e Museu dos Baleeiros.
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