Dia Europeu das
Doenças da Próstata assinala-se a 15 de setembro
As
perturbações causadas pelos exames à próstata dificultam o diagnóstico precoce
do cancro da próstata, uma doença que é a segunda causa de morte por cancro e o
tumor mais frequente. Em Portugal surgem todos os anos quatro mil novos casos.
"Os
exames à próstata mexem com a masculinidade de muitos homens que acabam por se
sentir violentados mas não há razão para isso. Quer o toque retal quer a
ecografia prostática não são agressivos. As sondas transretais são delicadas e
quanto mais descontraídos os pacientes estiverem mais fácil e rápido é o
exame", revela Matos Pereira, urologista do Hospital Lusíadas Lisboa.
O
especialista aconselha que os homens ignorem o desconforto psicológico que este
tipo de exames pode causar e a ter em mente a importância do diagnóstico
precoce da doença: “Claro que depende do tipo de cancro, pois há tumores que
mesmo detetados precocemente são de tal modo agressivos que acabam por ter
desfechos trágicos. Mas a maior parte deles, bem ou moderadamente
diferenciados, quando descobertos numa fase inicial, têm uma probabilidade
elevadíssima de cura, seja através de cirurgia, de radioterapia externa ou
interna ou braquiterapia (implantação de sementes radioativas) e é isto que é
preciso reter”.
“Existem
métodos de diagnóstico precoce muito rigorosos, pelo que é essencial que, a
partir dos 45 anos, todos os homens façam uma consulta de rotina anual, se não
houver história familiar de cancro na próstata. Se houver, é importante começar
uma vigilância mais cedo, por volta dos 40 anos, uma vez que ao ter lugar numa
zona periférica, não traz quaisquer sintomas até uma fase muito avançada e,
além disso, aumenta exponencialmente com a idade", conclui o urologista.
Em
Portugal, o cancro da próstata é o tipo de cancro mais frequente no homem e
mata todos os anos 1800 pessoas.
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