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O músico terceirense, Ruben Bettencourt, estará na Povoação para um concerto, que se realizará hoje, 28 de janeiro, pelas 21 horas, no Auditório Municipal da Vila.
O Gabinete de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal da Povoação entrevistou o músico para saber um pouco dos seus projetos, do percurso profissional e o que o público povoacense poderá esperar do concerto na Povoação.
Gabinete de Comunicação e Imagem da CMP - Em que consiste o projeto “Pentalogia à Volta do Mundo” e como pretende entrar para o livro do Guiness com este grande objetivo?
Ruben Bettencourt (Músico Profissional) - O projeto “Pentalogia à Volta do Mundo” trata-se do projeto mundial, mais complexo e exaustivo, quer na conceção, execução ou interligação de dados e pessoas de importância, em que se apresenta em toda a história dos Açores. Sempre tive a ambição de fazer uma tournée mundial. Foi em 8 anos de preparação prévia que se surgiu a inspiração sobre o romance clássico “À volta do Mundo em 80 dias” de Julius Verne, que por sequência da relação das pessoas, dos números, da lógica e fatos históricos, que numa primeira instância, se interliga a ideologia central da minha pessoa, com a obra e figuração institucional do país onde se decorre a mesma, e pelas suas peculiaridades, declarei a fazer uma tournée de “50 concertos, com 50 orquestras, em 50 países numa Volta ao Mundo em 80 dias” a contar para os Recordes do Guiness com último concerto à Família Real Britânica. Com a situação da pandemia, todo o projeto inicial se alonga numa dinâmica superior ajustável com ligação à geografia, família, divino e na ligação aos “pais” das origens, que por consequência se converte ao título “Pentalogia à Volta do Mundo”, onde se agloba também uma relação ao Papa e Presidente dos Estados Unidos da América. Hoje o projeto se executa num plano a 10 anos [2021-2030] e se inclui 19 sub-projetos contextualmente interligados.
A sua formação profissional é em Guitarra. Como nasceu a paixão por este instrumento?
Numa primeira instância se seguiu pela relação família à música popular e pelo tradicionalismo das raízes na Ilha Terceira. Tive a oportunidade nos primórdios de conhecer de perto o professor Victor Castro com quem trilhei mais de uma década no conhecimento do instrumento. Mais tarde ingressei na Universidade de Aveiro na especialidade da Guitarra, o qual, por assistência em festivais de prestígio no país e estrangeiro, levou-me a conhecer o exímio professor Carlo Marchione. Por essa aproximação peculiar, e sinergias inexplicáveis, se surge o ingresso num dos conservatórios de maior prestígio internacional - Conservatorium Maastricht, no qual tenho certeza que foi uma das instâncias de importância a poder trilhar o caminho da Música nos lugares de apreço da especialidade.
O que podem esperar os povoacenses para o concerto no Auditório Municipal da Povoação no próximo dia 28 de janeiro?
O concerto do próximo dia 28 de janeiro será sem dúvida memorável. Trata-se de um repertório inspirado no projeto “da minha volta ao Mundo” onde se manifesta obras afetos a essa mesma inspiração. Além de iniciar o programa com obra que dá título ao primeiro disco “Lift Up Your Eyes” de Jeremy Collins, onde se alinha a visão de acreditar para além do horizonte, passará por obra enquanto dedicatário “Baião de Paris” de Mathias Duplessy terminando nesta numa contextualização à obra numericamente ligada ao divino, “Koyunbaba” de Carlo Domeniconi. Será um programa mui variado, dinâmico e acima de tudo, penso, de bom gosto, em que se consegue aglobar e agradar qualquer tipo de público.
Não sei se já teve a oportunidade visitar o município da Povoação. Se sim, o que achou? Se não, o que tem ouvido falar, em termos turísticos, sobre o nosso concelho?
Com muita pena minha ainda não visitei o município. Ainda de que pouco tempo, pelos motivos profissionais que me levará à cidade, tentarei após concerto a visitar de conhecer o vosso concelho pela tão conhecida gastronomia, paisagens e tudo o que nela se envolve.
O que sente um açoriano a pisar os palcos mundiais?
É facto de que à data de hoje, já pisei palcos em mais 20 países e já executei várias representações oficiais em nome da região e do nosso país no estrangeiro. Penso que é uma dádiva e o maior sentido de dever e responsabilidade em representar além fronteiras. Mantenho-me ainda mais humilde ao ser um dos poucos casos açorianos de que tem uma carreira internacional ativa e consistente com aparições em festivais de prestígio nos circuitos da especialidade. É um sentimento de imensa gratidão e de concretização ao conseguir fazer o que mais gosto com residência permanente de onde nasci. Não poderia estar mais satisfeito.
O que aspira alcançar no seu percurso profissional?
Presentemente conto com vários projetos de responsabilidade com horizontes previstos na contribuição da aculturação à comunidade açoriana. Por entre eles passa a educação, o próprio estímulo à aprendizagem de outras áreas menos exploradas tais como a implementação da AMARS – Azores Music Academy & Recording Studio, outros como a diretoria de festivais artísticos, sendo esse meios de fomentar a oportunidades a outros que no meu passado não tive. É nessa dicotomia da ligação da cultura ao empreendorismo que tento envolver o inúmero público por inerência.
Que conselhos deixa aos jovens?
Nunca desistam dos vossos sonhos, porque se hoje aqui estou, é porque nunca desisti do meus.
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