Roberto Carlos Arruda Ferreira |
Meus amigos, o músico Roberto Carlos Arruda Ferreira, nasceu ás 11 horas e 35 minutos, do dia 10 de abril de 1979, na freguesia e concelho de Povoação, mas residia na Freguesia de Furnas, faleceu na madrugada do dia 23 de outubro do corrente ano, no Hospital do Divino Espirito Santo em Ponta Delgada. Tinha 43 anos de idade, era filho de José Ferreira (ver biografia no blog “Um Olhar Povoacense” datada de 21 de abril de 2017), mais conhecido por José da “Paixão” e de Ana Maria Arruda Corvelo Ferreira.
Era irmão de Rui, Paulo e, Maria Ferreira, tendo a Maria adotado o nome de Medeiros, por ter contraído matrimónio como José Santos Medeiros, atual Presidente e Maestro da Sociedade Musical Harmónica Furnense.
Os seus três irmãos |
Posso adiantar que o amigo Roberto, mais conhecido popularmente pela alcunha de “Calmex”, foi músico da Sociedade Musical da Harmónica Furnense. Inseriu-se na mesma muito cedo, por ter crescido numa família de músicos. Primeiramente foi o seu pai, ingressou com naturalidade na Filarmónica desde tenra idade, bem como seus irmãos, tocando os instrumentos de trombone e bombardino. Enquanto músico daquela “Casa”, teve dois grandes Maestros, os senhores Vitor Manuel Rodrigues e José Francisco Almeida.
Vitor Manuel Rodrigues e José Francisco Almeida |
Por isso, entendo que esta vida muitas vezes afigura-se com a música, porque temos dias alegres e outros tristes de acordo com as melodias que ouvimos com alguma frequência dos músicos ou até mesmos das bandas de música. São essas melodias que, muitas vezes nos convidam a sonhar e a abrir sorrisos, independentemente das nossas emoções.
Esta vida é mesmo assim, pautada com momentos que se caracterizam com porquês sem resposta…Perder um colaborador e amigo é um desses momentos e todos nós passamos por tempos de luto e de tristeza. E ficar triste e chorar não é algo mau, não é pecado. Jesus também chorou quando soube que um amigo seu tinha morrido. Mas é importante não deixar que a tristeza e o luto se apoderem da nossa vida. Se nós permitirmos, Deus enxugará as nossas lágrimas, consolará o nosso coração e colocará um sorriso nos nossos lábios, mas não é fácil…são dores fortes de uma despedida eterna, uma viagem sem bilhete de regresso. Além disso, todos ou quase todos nós sabemos que um falecimento é um acontecimento muito triste. Que obriga-nos a refletir sobre o pouco tempo de nossas vidas, ninguém consegue fugir da morte. No entanto, eu João Costa, dirigente desde Janeiro de 2017, fazendo parte da Direção da Sociedade Musical da Harmónica Furnense, não tive a oportunidade de conviver com ele, na referida Instituição, mas tive o privilegio de lhe ter conhecido no nosso dia a dia e posso dizer que foi uma pessoa extremamente humilde, um verdadeiro exemplo de pessoa da comunidade, porque são valores éticos de um verdadeiro cristão, e ser humilde é saber viver de acordo com os maiores princípios da humanidade. Os diretores dos Órgãos Sociais, bem como músicos, sócios e demais pessoas da Harmónica Furnense solidariza-se no pesar do falecimento amigo e companheiro Roberto.
Eis o testemunho de um dirigente da Direção e músico Luís Rodrigues:
- Ao falarmos do amigo Roberto, podemos dizer que é como uma “mascote” da Sociedade Musical da Harmónica Furnense. Enquanto músico foi imprescindível, terá sido um privilégio termos a sua companhia, pois era uma pessoa maravilhosa. Um verdadeiro homem, um verdadeiro amigo. Esse grande músico que agora nos deixa, foi e é um exemplo a seguir, um músico exemplar, foi muito assíduo, e ainda posso adiantar que era sempre dos primeiros ou mesmo o primeiro a chegar aos ensaios, falar do Roberto, é falar de alguém muito especial.
Mãe | irmã e sobrinhos | cunhado (atual Presidente e Mestro da S.M.H.F.) |
Continuando, e a falar da sua família, mãe, irmãos, irmã e sobrinhos: Jéssica, Micaela e Fábio Medeiros, são todos músicos de excelência da Instituição em causa, com formação na área da música, enfim…uma família de verdadeiros músicos.
Por fim, ficamos com uma célebre frase de um outro grande músico que já partiu, o senhor José da Paixão, pai do Roberto, que deixou a seguinte mensagem a todos músicos: “ESTUDEM MÚSICA PORQUE QUEM NÃO ESTUDA NÃO TOCA”.
Fica-nos também a expressão do amigo Roberto, que nos marcou e que ficou para a posteridade: “Eu juro que estou contente”, a sua famosa frase de etiqueta para com todos!
Furnas, 23 de outubro de 2022
Joo Costa Bril.
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