O novo adiamento das obras de requalificação da zona da Calheta onde está prevista a construção de uma unidade hoteleira e de um espaço de fruição pública, depois de anos de indefinição, adiamentos e alterações de projectos, está a provocar desagrado generalizado nos habitantes da Freguesia de São Pedro e da cidade de Ponta Delgada.
A Assembleia de Freguesia de São Pedro, a que se associa a Junta de Freguesia, pretende fazer sentir à empresa promotora do investimento e à Câmara de Ponta Delgada, o desagrado da população e pedir esclarecimentos sobre até quando pode durar o sucessivo incumprimento do que foi estipulado num ruinoso negócio para a cidade e para a freguesia.
Para tal, o Presidente da Assembleia de Freguesia, Santos Narciso, convocou uma Assembleia extraordinária para quinta-feira, dia 20, na qual, e como único ponto de ordem de trabalhos, consta a “elaboração e votação de um documento de protesto pela nova interrupção das obras de requalificação e reordenamento do espaço das nunca concluídas galerias da Calheta e da falta de explicações convincentes à população”.
A iniciativa mereceu imediato acordo e presença da Junta de Freguesia de São Pedro, presidida por José Leal e da reunião foi dado antecipado conhecimento à Câmara Municipal de Ponta Delgada, tendo o presidente da edilidade, Pedro do Nascimento Cabral, manifestado toda a sua disponibilidade para estar presente na dita reunião, prontificando-se a dar todos os esclarecimentos que na mesma forem solicitados e que estejam no âmbito da autarquia e das suas competências na matéria.
Do documento aprovado na Assembleia será dado público conhecimento à população através da Comunicação Social e de outros meios de informação.
Segundo o Presidente da Assembleia, Santos Narciso, é tempo de, mais uma vez, manifestar desagrado pela forma pouco clara como este processo se tem desenrolado, com um empreendedor que desenvolve um projecto em terrenos concessionados e com múltiplas, antigas e nunca cumpridas obrigações para com a população. Mesmo reconhecendo e prevendo que esta posição política poderá nem ser ouvida pelos interesses instalados nesta velha questão, mal-nascida e pior crescida, a Assembleia e Junta de Freguesia de São Pedro, sentem o dever de se demarcar e fazer sentir que não aceitam passivamente a situação que continua, com aproveitamento de supostos subterfúgios legais que apenas contribuem para a continuação daquela chaga urbanística, paisagística e social de Ponta Delgada.
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