quarta-feira, 29 de março de 2023

PROCURAM-SE VOLUNTÁRIOS PARA CONTAR MILHAFRES

Milhafre_Duarte Silveira

É já no próximo fim-de-semana (dias 1 e 2 de abril) que decorre mais um Censo de Milhafres nos Açores. 


A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) desafia os açorianos a olhar o céu em busca do milhafre, a maior ave de rapina que encontramos nos Açores. As contagens decorrem durante o próximo fim-de-semana, numa iniciativa de ciência-cidadã que decorre desde 2006. 


O Censo dos Milhafres/Mantas, que decorre anualmente nos Açores e na Madeira, permite à SPEA acompanhar a situação desta espécie, conhecida como milhafre ou queimado nos Açores, manta na Madeira e águia-d’asa-redonda em Portugal continental. 


Em ambos os arquipélagos, estas rapinas podem ser observadas desde as zonas florestais até aos centros urbanos, geralmente em voo ou pousadas em pontos altos de onde possam avistar as suas presas. Este predador de topo é um verdadeiro aliado no combate às pragas, mantendo o equilíbrio dos ecossistemas. Mas, apesar de ser considerada pouco ameaçada a nível do seu estatuto de conservação, esta espécie sofre com a perda de habitat, envenenamento, atropelamento e eletrocussão em linhas elétricas. 


O sucesso deste censo depende da participação de voluntários cujo esforço é fundamental para se obter a melhor estimativa possível de quantos milhafres existem no nosso arquipélago. Em 2022, 71 voluntários participaram no censo, que resultou na estimativa de 2082 milhafres nos Açores.  


Este ano o nosso apelo vai para ilhas com menor participação de voluntários, como é o caso da ilha do Faial, São Jorge e Pico. A pé, de bicicleta ou de carro convidamos os açorianos residentes nestas ilhas a contar milhafres (Buteo buteo rothschildi) pelas estradas dos Açores.  


“Junte a família e amigos e saia à rua para contar milhafres. A metodologia é muito simples, basta realizar um ou mais percursos a pé, de carro ou de bicicleta, anotando quantos milhafres observou.”, é este o convite da SPEA. É recomendável realizar as contagens entre as 10 e as 14 horas, período coincidente com uma maior atividade destas aves. Depois de concluído o censo, cada voluntário receberá um certificado de participação e será informado dos resultados do censo em primeira mão.


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