quinta-feira, 23 de junho de 2022

A PERDA DOS TRABALHADORES DOS PROGRAMAS OCUPACIONAIS JÁ SE FAZ SENTIR

Foto de: Um Olhar Povoacense 

O efeito do término abrupto dos programas ocupacionais já se está a sentir, principalmente nas juntas de freguesia que infelizmente não possuem capacidade financeira para contratar pessoal. 


As pessoas que são contra os programas, são os mesmo que exigem as ruas limpas a tempo e horas, os caminhos agrícolas transitáveis, os trilhos em condições, os buracos tapados à porta de casa e um serviço público de qualidade a tempo e horas. Mas esquecem-se que é necessário pessoal. Quem mais sofrerá com esta redução abrupta são os munícipes das localidades pequenas. 


A redução dos programas pode e deve acontecer, mas progressivamente, consoante as necessidades e carências de cada localidade. É preciso também avaliar a capacidade de contratação de cada instituição. A Redução dos programas em juntas pequenas requer um aumento do financiamento para a contratação efetiva de pessoal. 


As juntas diariamente extravasam as suas competências, assumindo muitas vezes o papel de Secretarias e Direções Regionais. Mas são estes senhores secretários e Diretores Regionais alguns dos responsáveis por esta redução atabalhoada de programas. Contrate-se, dizem eles, mas basta olhar para as nossas estradas, escolas e outras tantas valências públicas e ver que a necessidade de mão de obra é urgente! Se o governo não contrata, como exigem que contratemos?


Exige-se uma redução progressiva e ponderada, salvaguardando o funcionamento dos serviços públicos primários! Começo a pensar que o Governo anda a autosabotar-se! 


Não exigimos programas! Exigimos alternativas a eles! Quem sofre é o cidadão comum!


Sérgio Medeiros 


Água Retorta, 22 de junho de 2022


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