O
Vice-Presidente do Governo afirmou hoje, 9 de março, que o Plano e Orçamento da Região para
2021 irá “traduzir os esforços comuns para debelar a crise económica e social
que se atravessa”, reiterando que, num período de emergência social, o “reforço
das respostas sociais é, não só uma necessidade, como um dever”.
“É
preciso responder às necessidades imediatas das famílias e das empresas. A
Região terá de estar na primeira linha de resposta aos desafios que resultam do
impacto da pandemia covid-19”, frisou.
Artur
Lima falava à margem do plenário do Conselho Económico e Social dos Açores,
onde apresentou as linhas gerais do Plano e Orçamento da Vice-Presidência do
Governo para 2021.A
Vice-Presidência do Governo, que conjuga as áreas da solidariedade social,
habitação, poder local, comunidades e Aerogare Civil das Lajes, apresenta uma
despesa total no orçamento de 71 milhões de euros, sendo que 60,5 milhões são
do Plano de Investimentos e 10,5 milhões referem-se a despesas de
funcionamento.
Durante
a sua audição, o Vice-Presidente do Governo anunciou as prioridades da
Vice-Presidência para o ano de 2021, nomeadamente o combate à pobreza, à
exclusão social e às desigualdades, assim como o desenvolvimento de um novo
modelo de cuidados aos idosos e a ampliação e reforço das respostas sociais
destinadas a públicos com necessidades especiais e aos doentes deslocados.
“Iremos
criar novos instrumentos de combate à pobreza, que contará com o
cofinanciamento do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), no valor de 35
milhões de euros, entre 2021 e 2025”, salientou.
“Em 2021,
a Região terá um financiamento de quatro milhões de euros do PRR para
desenvolver novas medidas, como seja o aumento do número de famílias
beneficiárias do serviço de creches ou o melhoramento das condições de estudo
dos estudantes açorianos provenientes de contextos socioeconómicos
desfavorecidos”, salientou.
Quanto
aos idosos, Artur Lima frisou que devemos “olhar por aqueles que cuidaram de
nós, devolvendo-lhes o carinho que nos deram”.
“Neste
Plano de Investimentos, está prevista verba para a criação de um projeto piloto
apostado na permanência dos idosos em contexto familiar”, sublinhou.
“A
nossa intenção é que o idoso possa envelhecer em casa, junto dos seus netos e
filhos, numa confluência intergeracional que todos desejamos e queremos”,
apontou.
No
entendimento do Vice-Presidente do Governo, esta será uma medida que “marcará
indelevelmente a atuação do Governo a nível social”.
Em
relação aos doentes deslocados, o governante assumiu que os objetivos do
Governo passam por proceder à finalização da rede de residências na Região,
assim como criar instrumentos de resposta aos doentes deslocados no Continente.
Na
habitação, Artur Lima referiu que a política do Governo não passará pela
construção de bairros sociais, mas pela recuperação de habitação degradada nas
cidades e freguesias rurais, a fim de não desenraizar as populações.
“Iremos
ajustar a política de habitação às necessidades das famílias, reforçando o
apoio e o incentivo ao arrendamento. O PRR prevê 60 milhões de euros, entre
2021 e 2025, para a recuperação do parque habitacional dos Açores”, disse.
O
governante apontou que o Governo dos Açores pretende estreitar o seu
relacionamento com as juntas de freguesia e câmaras municipais, estabelecendo
uma relação assente na transparência e na equidade.
Quanto
às comunidades, o Vice-Presidente do Governo afirmou que a ambição do Governo é
a de “intensificar o apoio às comunidades açorianas, desenvolvendo iniciativas
promocionais dos Açores como Região atrativa a nível económico, turístico e
cultural”.
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