O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia destacou ontem, na Horta, o “número recorde” de Bandeiras Azuis nos Açores, num total de 42, mais três do que em 2019, considerando que “comprova a qualidade” das zonas balneares costeiras do arquipélago.
Gui Menezes salientou que, no âmbito do programa internacional Bandeira Azul, foram galardoadas zonas balneares de 11 concelhos de seis das nove ilhas do arquipélago, nomeadamente Santa Maria, São Miguel, Terceira, Faial, Graciosa e Pico.
O Secretário Regional, que falava na cerimónia de hasteamento da Bandeira Azul da Praia de Porto Pim, referiu ainda que cinco marinas dos Açores receberam este galardão, entre as quais a marina da Horta.
Para este ano, os Açores têm 75 águas balneares aprovadas nas nove ilhas do arquipélago, mais cinco do que no ano passado, todas no concelho das Lajes do Pico.
O governante destacou a importância do programa de monitorização da qualidade das águas balneares costeiras, da responsabilidade da Direção Regional dos Assuntos do Mar (DRAM), referindo que “permitiu concluir que, em 2019, 97% das zonas balneares pertencentes à lista de designadas oficialmente apresentavam qualidade ‘Excelente’”.
“Por detrás de uma Bandeira Azul estão muitas exigências que têm de ser cumpridas”, afirmou Gui Menezes, referindo, por exemplo, a contratação de nadadores salvadores.
Neste sentido, destacou o investimento na contratação de nadadores salvadores para as zonas balneares geridas pela DRAM, nomeadamente na praia de Porto Pim, na Horta, nas praias de S. Lourenço e da Maia, em Santa Maria, e na zona balnear da Ferraria, em São Miguel, e defendeu a necessidade de “se investir cada vez mais na promoção dos cursos de nadador salvador para atrair mais jovens Açorianos”.
“Uma rede de zonas balneares bem gerida é um ativo central para todos os banhistas”, disse Gui Menezes.
Na sua intervenção, o Secretário Regional adiantou que o investimento, por parte do Governo dos Açores, na gestão das zonas balneares do arquipélago corresponde, este ano, a um valor superior a 210 mil euros, e frisou a colaboração entre a DRAM e as entidades gestoras das zonas balneares de todas as ilhas, nomeadamente na apreciação e licenciamento de infraestruturas de apoio à prática balnear e na limpeza das zonas balneares.
No caso da Praia de Porto Pim, Gui Menezes agradeceu a colaboração do Município da Horta e do Parque Natural de Ilha do Faial.
O Secretário Regional referiu ainda o manual de utilização e gestão das zonas balneares em contexto da pandemia de COVID-19, publicado pela DRAM, destinado a entidades gestoras e banhistas.
“É um documento que define boas práticas e linhas orientadoras de utilização das zonas balneares da Região durante esta época, permitindo minimizar o risco de propagação da pandemia e a fruição da prática balnear em segurança”, afirmou.
A DRAM produziu também um cartaz, no âmbito da campanha de informação e sensibilização sobre a COVID-19, com as regras de utilização das zonas balneares dos Açores, que foi afixado nas praias e nas piscinas naturais do arquipélago.
Gui Menezes referiu ainda o investimento na recuperação das zonas balneares do Faial afetadas pelo furacão Lorenzo, nomeadamente as zonas balneares do Varadouro, no Capelo, e de Castelo Branco, que registaram muitos estragos.
A obra na zona balnear do Varadouro, no Capelo, já está concluída, sendo que a obra nas piscinas de Castelo Branco “está prestes a terminar”, adiantou Gui Menezes.
No caso do Varadouro, as obras contemplaram a recuperação da zona de acesso à piscina, bem como do solário em betão, sendo que, no caso das piscinas de Castelo Branco, estão a decorrer as obras para a reposição do solário, estando também a ser construído um muro de proteção.
Estas obras correspondem a um investimento de cerca de 50 mil euros por parte da Direção Regional dos Assuntos do Mar.
GaCS/GM
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