Rafael Carvalho na Viola da Terra e Ricardo Fonseca na Viola Beiroa estão já em ensaios para prepararem dois concertos para a nona edição do “Violas do Atlântico”. No espaço de dia e meio os 2 músicos terão de preparar o repertório que apresentarão ao público em concertos na Ribeira Quente e em Ponta Delgada.
Os músicos apresentarão alguns temas a solo para que o público possa ouvir as diferentes sonoridades das duas violas, com modas tradicionais mas, também, originais destes. Havendo depois momentos de conjugação sonora entre as duas violas numa partilha e cumplicidade musical que é o mote destes nove anos de “Violas do Atlântico”.
A Viola Beiroa é uma Viola de 10 Cordas divididas em 5 ordens duplas, tendo a particularidade de ter, ainda, mais uma “meia ordem” de duas cordas, chamadas de “requintas”, afinadas em uníssono.
A Viola da Terra é uma Viola de 12 cordas (ocorre com 15 cordas na Ilha Terceira) divididas em 3 ordens duplas e duas ordens triplas, com caixa em forma de “8”, e com 12 pontos sobre o braço, caso único no formato tradicional das Violas de Arame Portuguesas.
Pela primeira vez a Viola Beiroa e Viola da Terra encontram-se para um concerto em duo. Esta singularidade tem sido um dos pontos forte deste festival, que tem promovido encontros únicos e históricos entre as diversas Violas de Arame Portuguesas.
O “Violas do Atlântico” é um dos mais antigos e importantes festivais ligados à Viola de Arame no nosso País, sendo o único com este formato de concertos em duo. O festival iniciou-se em 2011 e tem tido uma edição anual, tendo surgido após o “II Encontro de Violas de Arame” ter sido organizado em São Miguel, em 2010, num formato com 5 tocadores de Violas de Arame, num evento idealizado pelo músico da Viola Campaniça, Pedro Mestre.
Para tornar viável um evento anual, pelos custos do mesmo, apareceu o “Violas do Atlântico” que traz, anualmente, um músico de uma das Violas de Arame Portuguesas ou Violas de Arame que são fruto da emigração Portuguesa.
Poderão ouvir as duas Violas nesta 3.ª feira, dia 2 de Julho, no Centro Social e Paroquial da Ribeira Quente, pelas 21:00, e na 4.ª feiram dia 3 de Julho, no Salão Nobre do Teatro Micaelense, pelas 21:00. Os dois eventos são de entrada livre mediante a disponibilidade das salas.
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