sexta-feira, 10 de maio de 2019

PARA A FRENTE É QUE É CAMINHO!

O que mais motiva uma oposição na política não são as “falhas” de quem governa um país uma região ou gere uma câmara ou uma freguesia, mas sim a vontade expressa dos anseios da sua população. 
Foi precisamente o povo que decidiu com o seu voto, quem queriam no poder local na região e no país.

Se não existe intervenção política por parte das pessoas na localidade é porque a princípio tudo está bem ou pelo menos parece…Na realidade,  o que acontece é que surgem vários “medos” de represálias ou de perdas, sentimentos que são típicos de sistemas controladores de massas, como se as próprias pessoas se esquecessem que são livres, ficando em estado de anestesia perante as opressões a que estão sujeitas, contentando-se com pequenas coisas que nada duram.

É o povo quem mais ordena ou é assim que deveria ser...

Pessoas acomodadas não trilham caminhos.

A nível local a oposição  não está acomodada, faz o que pode, somos cinco elementos, um na câmara municipal, quatro na assembleia municipal, e outros poucos nas freguesias onde tivemos representatividade nas últimas eleições sendo que somos poder na autarquia da Junta de Freguesia de Nossa Senhora dos Remédios. 

Atualmente somos um grupo reduzido mas unido, temos consciência do trabalho que desenvolvemos e das responsabilidades que temos com as pessoas e o concelho. 

A nossa maior vacina é sentir que estamos a cumprir com a nossa missão.

Todos são bem vindos ao partido, não excluímos ninguém que venham por Boa-fé acrescentar mais valias ao partido. 

Não temos uma comissão política presentemente, situação que lamentamos, mas temos vindo a trabalhar para que a mesma nasça, como também para que haja um candidato concorrente à Câmara Municipal.

Sabemos que temos um caminho longo a percorrer, não será  tarefa fácil, mas é como tudo na vida. A forma como se faz política é intrínseca a cada um, sozinhos ou em grupo utilizamos os recursos que possuímos para exercer as nossas respectivas funções. 

Recentemente li num artigo de jornal,  onde estava escrito, que mais vale não ter oposição, do que a que temos de momento na povoação. 

Por um lado até compreendo este tipo de raciocínio embora não concorde:

A oposição somos todos nós, quando não estamos de acordo com as medidas políticas defendidas e aplicadas pelo poder local ou regional. 

Ao longo dos anos temos sido esquecidos e enganados pelos nossos governantes que assumiram vários compromissos connosco e até hoje nada se viu concretizado:

-     Novo Quartel dos Bombeiros Voluntários; 
-     Nova Escola Básica e Secundária;
-     Novas Estradas, etc...

Passadas décadas voltam-se a falar novamente nas velhas obras e que as mesmas estarão para breve. 

Sempre que se aproximam as eleições retomam novamente o ciclo das obras paradas  ou porque se está á espera de vistos do tribunal ou de pareceres das entidades competentes...que levam décadas a realizar como se sabe.

As mesmas conversas de sempre.

Basta de Mentiras!

Como pode o principal autarca eleito, ficar satisfeito com todas estas desconsiderações por parte do governo regional, sendo que este  veta  consecutivamente, o desenvolvimento do concelho? 

Não será o mesmo, porventura: o Um de Nós por todos Nós? 

Até quando iremos ficar para trás? 

Não precisamos de grandes obras, mas ao menos que façam as que nos prometeram e outras mais que se necessite então para onde foram parar as verbas orçamentadas da região para o concelho? 

Se ficassem cá para fazer face a outros investimentos necessários era uma coisa, mas não sabemos o seu paradeiro. 

O executivo socialista gaba-se de estar a investir nas pessoas, muito bem, mas a investir em quê concretamente, na continuidade da pobreza? 

Será motivo de orgulho sermos o segundo concelho mais pobre da região e do país com uma taxa de 32.1 por cento de beneficiários ativos dependentes do rendimento mínimo garantido e rendimento social de inserção, segundo as estatísticas reveladas este ano no Pordata.

São com estes mesmos números que queremos ser avaliados no futuro?

Alimentar um sistema falhado, é motivo de orgulho? Não existem mais soluções?

Isto tem uma explicação que todos sabem qual é.

Enquanto estivermos à mercê dos interesses  políticos, ou seja, subjugados a um sistema que se alimenta da precariedade de vários sectores, enquanto existirem interesses comuns e alheios o desenvolvimento e crescimento tardem a aparecer. 

Vou concluir com a seguinte expressão: “O Povo não gosta de ser enganado, mas tem interesse que os enganem”. 

Estamos aqui, somos poucos, contudo somos persistentes e não desistimos dos objetivos comuns em que acreditamos.

Continuaremos a trabalhar pela nossa gente  e pela nossa terra, sem medos.

Tenho dito.

Cecília Correia.

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