Nasceu
na Lomba do Alcaide, freguesia de Nossa Senhora dos Remédios, Povoação, aos 22
de dezembro de 1925.
Filho
de Gabriel Soares da Mota e de Rosalina Isabel Vieira de Freiras, neto paterno
de José da Mota Mendonça e de Maria Raposo da Conceição e neto materno de
Felício Vieira e de Mariana Teodoro de Freitas.
Foi
batizado pelo Pe. Dr. Caetano José Travassos de Lima, por autorização do
Vigário Cooperador, Pe. José de Paiva de Amaral, na igreja de Nossa Senhora dos
Remédios, aos 3 de junho de 1926, sendo padrinhos Alberto Ferreira Benevides e
Maria da Conceição do Rêgo.
Foi
crismado na mesma igreja, por D. Guilherme Augusto Inácio da Cunha Guimarães,
sendo padrinho o Pe. Ângelo Amaral.
Completados
os seus estudos primários na sua terra natal, entrou no Seminário de Angra em
1939.
Recebeu
a Prima Tonsura e Ordens Menores aos 12 de junho de 1949; o Subdiaconado no dia
7 de maio de 1950; o Diaconado aos 14 de maio de 1950. Concluídos os estudos
teológicos (ao tempo o curso de Seminário era de 11 anos), foi ordenado
sacerdote na Sé Catedral de Angra, por D. Guilherme Augusto Inácio da Cunha
Guimarães, no dia 28 de maio de 1950 – Ano Santo Jubilar (62).
Celebrou
a sua Missa Nova na igreja onde tinha sido batizado, no dia 18 de junho de
1950.
Atividade Pastoral
A
30 de junho de 1950 é nomeado
Vigário Cooperador de Santo António Nordestinho, Ouvidoria de Nordeste,
paróquia onde exerceu o múnus sacerdotal até 1958.
Depois
de um curto espaço de tempo em que exerceu o cargo de Capelão do Hospital de
Ponta Delgada, foi nomeado aos 24 de setembro de 1960 Vigário Ecónomo da
paróquia dos Fenais da Ajuda, Ouvidoria dos Fenais de Vera Cruz.
No
dia 2 de outubro de 1968 é nomeado
pároco de Nossa Senhora dos Remédios, Ouvidoria da Povoação, paróquia onde
exerceu o múnus pastoral até ao dia do seu falecimento, ocorrido no Centro de
Saúde da Povoação, aos 22 de dezembro de
2001, precisamente aos primeiros minutos do dia do seu 76º aniversário
natalício.
A
2 de março de 1978 por necessidade
pastoral faz parte da equipa de padres de apoio à paróquia de Água Retorta como
Cooperador, sendo depois na década de noventa, precisamente a 9 de Agosto de 1997, sido nomeado administrador
Paroquial da mesma paróquia, sem nunca ter deixado de ser pároco da de Nossa
Senhora dos Remédios.
Nesta
paróquia, celebrou as suas Bodas de Ouro sacerdotais em concelebração festiva a
que se associaram todos os colegas da Ouvidoria da Povoação bem como outros
sacerdotes da ilha seus amigos. A Missa foi cantada pelo “Grupo Coral Maria”,
constituído por elementos das Capelas das paróquias de Nossa Senhora Mãe de
Deus, Nossa Senhora dos Remédios e do grupo coral da Igreja de Nossa Senhora de
Fátima da Lomba do Botão, acompanhada por orquestra, sob a regência do Maestro
Fernando Cabral Leite.
Observações:
*Além
da sua ação pastoral, foi Professor de Português, Música e Religião e Moral no
Externato Maria Isabel do Carmo Medeiros, atual Escola Básica e Secundária da
Povoação.
*Durante
alguns anos, exerceu o cargo de Presidente da Fundação Maria Isabel do Carmo
Medeiros.
*Foi
o grande obreiro da Igreja do Divino Espírito Santo, da Lomba do Alcaide, obra
que, infelizmente, lhe veio a causar grandes e dolorosos dissabores. Superou-os
com a dignidade que o caracterizava.
*A
ele se fica a dever a construção do Centro Social e Paroquial – “Casa das
Mordomias” – da Lomba do Loução.
Por
ocasião das comemorações das suas Bodas de Ouro sacerdotais, a Câmara Municipal
da Povoação, sob a Presidência do Dr. Carlos Emílio Lopes Machado Ávila,
homenageou o Senhor Padre Gabriel concedendo-lhe o título de Cidadão Honorário do Concelho, a mais
alta distinção que a Câmara pode conceder. A sessão solene teve lugar no Salão
Nobre dos Paços do Concelho, no dia 17 de junho de 2000 (63), tendo sido Orador convidado o Ver. Pe. Dr. José
de Medeiros Constância, Vigário Episcopal para a Pastoral.
Nas
palavras do orador, trata-se de um sacerdote: “Dedicado à sua missão pelas
paróquias onde passou, bom colega. No exercício do ministério pastoral na sua
terra natal, além dos melhoramentos materiais que fez na igreja paroquial, no
adro da mesma e na casa paroquial, tem feito que nada falte espiritualmente ao
povo que lhe está confiado. Se tivéssemos de caracterizar em três expressões p
homenageado diríamos homem sereno e delicado, de relacionamento construtivo, de
serviço silencioso à sociedade”.
___________________________________
62
Octávio H. Ribeiro de Medeiros, A Igreja nos Açores. Segundo Quartel do século
XX, Povoação, Santa Casa da Misericórdia da Povoação, 1998, p. 200.
63
Cf. Seara Verde, n.º 70 (2000), p. 3.
Fonte:
Clero da Ouvidoria da Povoação de Octávio Henrique Ribeiro de Medeiros (2ª
Edição revista e atualizada, ano de 2014).
Povoação,
terça-feira, 22 de dezembro de 2019.
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