quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

NÃO CONCORDO QUE SE FECHE EM ABSOLUTO O PARQUE ZOOLÓGICO DA POVOAÇÃO

Por mero acaso encontrei essa foto abaixo relacionada com uma petição para encerramento do parque zoológico da Povoação, e não podia ficar indiferente, deixei a minha opinião:

Não concordo que se feche em absoluto, porque aqueles animais que lá estão, têm sido bem tratados pelas entidades locais.

Precisa de melhoramentos?

Quem sou eu para dizer que precisa?

Basta olhar ou visitar aquele espaço diariamente e está sempre cheio de visitantes, essencialmente aos fins de semana, e muitos vêm de quase toda a ilha de São Miguel.

Fechar para quê?

Se aquele espaço é propício a um momento de lazer e convívio para quem visita, passando-se um bocadinho de tempo a saborear um gelado ou algo mais, principalmente a tão afamada iguaria “Fofas” da Povoação, que são compradas nos estabelecimentos ali anexos ao referido parque.

São os animais bem tratados pelos trabalhadores e pelo médico veterinário, cujo espaço dá emprego a algumas pessoas durante todo o ano.

Agora pergunto, o que é mais útil ou fácil, é deixar aquele espaço como está, ou encontrar animais abandonados um pouco por todo o lado?

Na rua onde moro é um desastre, são dezenas de animais cães e gatos que são deixados provavelmente pelos proprietários de carrinhas, descarregam-nos ali, porque é uma zona mais “escondida”…

Sabem para onde esses animais acabem por ir?

Muito simples para o meu quintal e por lá ficam. Dou-vos um exemplo, de uma só vez num domingo de festas de Sant'Ana, padroeira da Freguesia de Furnas, foram 9 gatos ali deixados.

Quem os criou ou cuidou deles?

Nem escusa dizer!

Há pouco tempo, apareceu-me mais um gato e telefonei de imediato para uma veterinária num domingo recentemente, devido a um gato muito lindo que foi abandonado o qual escolheu o meu quintal para refúgio, só que ele (gato) tinha as patinhas todas esfoladas, e custava-me 50 euros para a deslocação naquele domingo e 25 euros num dia normal. Simplesmente respondi o seguinte: o gato não é meu!... Dias depois e após algum tratamento que fomos fazendo, não resistiu e acabou por morrer.

É assim, parece que se tornou infelizmente algo tão natural nos nossos meios o abandono dos animais, que é assustador. Com as associações de animais lotadas, quem encontra animais abandonados e maltratados fica perante uma situação de terror.

Por isso faz todo o sentido falar mais uma vez sobre “o que fazer perante o abandono de animais”.

Como cidadãos temos o dever de ajudar todos os seres vivos e tentar ajudar a resolver este problema gravíssimo que se encontra entre nós… Ou não? Sei que não é tarefa fácil, exige algum sacrifício e empenho e muita força de vontade para fazer algo pelo abandono dos mesmos. 

O que é mais importante é ver os animais no parque zoológico da Povoação tal e qual como estão, ou é ver as dezenas de animais espalhados, já para não dizer abandonados por todos os lados?

Sabem que um animal que acabou de ser vítima de um abandono merece a nossa consideração, e isso não podemos fugir, se somos sensíveis a esse ato.

Contudo e aquando do abandono do animal eu penso que este deve ficar assustado e bem sem perceber o que acabou de acontecer, visto ao deixar o animal na rua é provável que este acabe por ser atropelado, por isso retirar o animal daquele local e levá-lo para um local seguro é o mínimo que podemos fazer. Nestes casos devemos pensar num dia de cada vez, por isso o mais importante é arranjar alguém que possa ficar com o animal por uns dias em sistema de FAT (Família de Acolhimento Temporário).

Já agora todas essas pessoas que só criticam destrutivamente, fazem o favor de arranjarem soluções e para um bem estar daqueles animais;

Juntem-se todos e formem um grupo organizado e começam primeiro por recolhê-los, os da rua, porque estão mais em perigo e ao abandono;

Aqueles animais que estão no parque zoológico estão mais bem protegidos, estão mais bem acarinhados, muito mais bem tratados, conhecem os seus tratadores, enfim…

Fico por aqui.


João Costa Bril

Povoação, quarta-feira, 10 de janeiro de 2018.

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