quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

COELHOS-BRAVOS ENCONTRADOS MORTOS EM SÃO MIGUEL DEVEM SER ENTERRADOS OU DADO CONHECIMENTO AOS SERVIÇOS FLORESTAIS

A Diretora Regional dos Recursos Florestais alertou hoje que os coelhos-bravos encontrados mortos na ilha de São Miguel devem ser enterrados ou dado conhecimento aos Serviços Florestais.

“Estão a ser detetados coelhos-bravos mortos em diversos pontos (da ilha de São Miguel)”, afirmou Anabela Isidoro, acrescentando que se trata da “evolução normal” da Doença Hemorrágica Viral (DHV), pois “o expectável é que a doença progrida de uma forma lenta”.

A Diretora Regional dos Recursos Florestais falava no final de uma visita ao Centro de Divulgação Cinegética, na Reserva Florestal de Recreio da Chã da Macela, na Lagoa, em São Miguel.

Desde o final de dezembro que é proibido caçar em toda a ilha de São Miguel devido a um novo surto da nova variante da DHV que está a afetar a população de coelhos-bravos.

A libertação de cães de caça em qualquer tipo de terreno onde exista ou ocorra fauna cinegética também está proibida.

“Numa situação destas, o mais aconselhável é interferir o mínimo possível com a população de coelhos-bravos para que esta possa reagir de uma forma natural e consistente”, frisou Anabela Isidoro.

O vírus transmite-se por contacto direto entre coelhos doentes, contato com material orgânico proveniente de coelhos doentes ou através de vetores vivos e de objetos contaminados, podendo os caçadores e os cães de caça funcionar como um meio de disseminação da doença.

Anabela Isidoro salientou ainda que é possível observar no Centro de Divulgação Cinegética uma série de espécies cinegéticas, bem como painéis informativos com os calendários venatórios atualizados por ilha e outros que descrevem os processos de caça que podem ser praticados nos Açores.

A Diretora Regional estimou que cerca de 20 mil pessoas, entre residentes e turistas, visitam anualmente este centro.

“Este Centro de Divulgação foi inaugurado em 2012 com o objetivo de dar a conhecer aos caçadores e à população em geral quer a fauna cinegética existente nos Açores, quer o tipo de habitat onde esta se insere”, salientou Anabela Isidoro.

Este mês foi aprovado na Assembleia Legislativa um novo diploma sobre a gestão dos recursos cinegéticos e o exercício da caça nos Açores, que teve em conta estudos científicos e preocupações ambientais, garantindo a sustentabilidade das espécies.

Anabela Isidoro considerou que o Centro de Divulgação dos Recursos Florestais, na Macela, é um local de eleição para quem quiser ficar a conhecer as alterações à legislação, que estão expostas nos painéis informativos.

GaCS/RM

Povoação, 25 de janeiro de 2018

Sem comentários:

Enviar um comentário