quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

APRENDER A AMAR (MARCA DOIS)

Nascemos e pouco tempo é passado e somos viandantes do caminho largo ou estreito na passerelle do mundo caminhamos quantas vezes usando mascaras benévolas e malévolas metamorfoses desfilamos com vestuário rico modesto ou andrajoso, é bom que não esqueçamos que nascemos nus, mas logo após somos insaciáveis querendo mais e mais, insatisfação que nos acompanha vida fora avaros esquecemos que paredes-meias existem Lázaros a quem nem um sorriso damos.

É de bradar aos céus nossa indiferença este modo de viver, a quem saiba responder se o permitem interrogo. No encontro com o Pai estaremos vestidos ou não? Não me refiro a roupa d’alma ou aos trapos que utilizamos que são como tudo o mais efémeros, bom será que vamos ao encontro do Senhor revestidos de amor. Quem tem fé possivelmente dirá, o Pai acolheu o filho pródigo arrependido de braços abertos fez e faz festa sempre que assim acontece, convicto digo – É certo porque o Pai e sempre Pai é amor! Se o amor for baluarte em nossa vida se andar de mão em mão em doação o mundo será um oásis. Disse-nos Jesus – Amai-vos como Eu vos amei. Alerta - nos o Senhor mas demoramos a amar vamos adiando até que chega a irmã morte no dizer de S. Francisco, os que andam a trilhar a passerelle da vida são sempre surpreendidos, um amigo  que deixamos de ver um ente querido exclamamos; não pode ser é mentira ontem ou hoje o vi até falamos. Carpimos a dor a saudade fica em nós instalada com o passar do tempo vai suavizando mas de quando em vez rola a lágrima salgada em nossa face como onda do mar na praia. Há que aprender a amar aceitar-mos o outro com suas limitações mesmo quando deparamos com um “fosso de víboras” que destilam veneno contra nós, outra coisa não sabem fazer, será que estão carentes de amor…

Avaros esquecemos que paredes-meias existem Lázaros a quem nem um sorriso damos!

Benjamim Carmo 

Povoação, quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017.


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