quarta-feira, 6 de abril de 2016

SOFIA RIBEIRO DEFENDE MAIS APOIO PARA INVESTIGAÇÃO NO CAMPO DA SISMOLOGIA

A eurodeputada Sofia Ribeiro assinou esta terça-feira, 5 de abril, uma declaração sobre a prevenção de sismos, uma das catástrofes naturais mais comuns registadas nos Açores e na Europa. A declaração foi assinada no Parlamento Europeu, em Bruxelas, e insta a Comissão Europeia a dar um novo impulso à prevenção e investigação de sismos, no âmbito do actual Programa Horizonte 2020.

Segundo Sofia Ribeiro "apoiei desde a primeira hora esta declaração escrita que visa o aumento das iniciativas de apoio à investigação na área da sismologia, com o objectivo de melhorar a previsão probabilística e os estudos de vulnerabilidade dos solos e dos edifícios. Paralelamente esta ação pretende ainda aplicar corretamente os planos de emergência e levar a cabo campanhas educativas, a fim de minorar os riscos sísmicos no arquipélago e na Europa".

Para a Eurodeputada "muito tem sido feito na nossa Região, é certo, mas também não podemos esquecer que a história dos Açores é fortemente marcada por estas catástrofes. Basta lembrar-nos da madrugada do dia 9 de julho de 1998, em que foi escrito um dos capítulos mais dramáticos do arquipélago: um sismo que atingiu as ilhas do Faial, Pico e São Jorge, provocando uma onda de destruição, 9 mortos, mais de uma centena de feridos e milhares de desalojados. Ou o sismo de 1 de Janeiro de 1980, na ilha Terceira, com a destruição massiva por todos conhecida."

Ainda hoje, em muitas cidades europeias expostas a um elevado risco sísmico, grande parte da população vive em edifícios que não cumprem as mais recentes normas de resistência a estas catástrofes. Só entre 1975 e 2010, ocorreram na Europa cerca de 20% dos sismos mais devastadores registados à escala mundial. Neste período de 35 anos, os sismos causaram mais de 62 mil mortos só na zona do Mediterrâneo, para além de terem alcançado prejuízos no valor de 111 mil milhões de euros.

Após a assinatura, Sofia Ribeiro afirmou que "por tudo isto, e porque acredito que este é um assunto que está esquecido pelas entidades competentes, julgo ser de enorme importância que a União Europeia dê mais atenção a estes aspectos, investindo na investigação, mas também no treino das populações e precisamos de perceber que em certas regiões, como é o caso dos Açores, a ameaça é constante. Se conseguirmos que esta actividade conte com o apoio da União Europeia, ainda melhor. É por isto que apoio esta iniciativa."

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