Laura Taylor / Flickr
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Uma
equipa de investigadores norte-americanos descobriu que a toma regular de
aspirina ajuda a combater o cancro da mama.
Estes
especialistas da Unidade de Investigação Oncológica de um Centro Médico do
Kansas, nos EUA, apuraram que a aspirina e outros medicamentos com composição
similar tem uma influência positiva na cura do cancro da mama.
O
estudo liderado pelo médico Sushanta Banerjee, director da unidade de
investigação, vai ser publicado na edição de Julho da revista Laboratory
Investigation.
A
pesquisa demonstra que as moléculas do ácido acetilsalicílico, vulgarmente
conhecido por aspirina, prejudicam a vida das células do cancro da mama.
Grandes doses de aspirina matam-nas, enquanto que concentrações mais pequenas
travam o seu crescimento, de acordo com o estudo.
Esta
análise permitiu ainda comprovar que a aspirina bloqueia as células
cancerígenas, impedindo que estas se espalhem pelo organismo e que se
manifestem de novo, após períodos de tratamento à doença.
Um
dos grandes problemas do cancro da mama é a grande probabilidade de voltar a
manifestar-se, ao cabo de 5 a 10 anos, porque uma parte das células cancerígenas
são células-mãe que sobrevivem à quimioterapia, ficando numa espécie de estado
de hibernação. Quando voltam a despertar, essas células ressurgem de forma mais
agressiva.
“Descobrimos
que a aspirina leva a que estas células cancerígenas residuais percam as suas
propriedades de auto-renovação. Basicamente, não podem crescer ou
reproduzir-se”, explica Sushanta Banerjee numa nota de imprensa.
A
aspirina pode, assim, ser tomada depois de se fazer quimioterapia “para
prevenir uma recaída e manter a pressão” sobre as células cancerígenas ou pode
ser ingerida “preventivamente”, acrescenta o investigador.
O
médico alerta, contudo, que não deve passar a tomar aspirina sem consultar o
seu médico, até porque o consumo diário deste medicamento está associado a
problemas de saúde, nomeadamente o risco de hemorragias gastrointestinais.
É
preciso pesar esse risco com o risco do cancro, afirma Sushanta Banerjee, que
afirma tomar ele próprio uma aspirina, todos os dias, há três anos.
Fonte:
SV, ZAP
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