O
Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informa que,
segundo o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA),
desde o dia 19 de abril tem vindo a ser registada alguma sismicidade numa
região epicentral situada entre 37 e 46 quilómetros a oeste/noroeste da ilha do
Faial.
Esta
atividade foi desencadeada na sequência da ocorrência dos sismos registados no
dia 19, às 22:02 horas, com magnitude 4,3 e no dia 24, às 22:14 horas, com
magnitudes 4,7.
Estes
sismos foram sentidos na ilha do Faial com intensidade máxima IV na Escala de
Mercalli Modificada e também foram sentidos nas ilhas do Pico e de S. Jorge.
Desde
essa altura foram sentidos outros três sismos nos dias 29 e 30 de abril e 1 de
maio, tendo o de maior magnitude ocorrido a 30 de abril, às 06:30 horas, com
magnitude 4,3.
Este
sismo foi sentido na ilha do Faial com intensidade máxima IV e foi também foi
sentido na ilha do Pico.
Tratando-se
de uma região onde é habitual verificar-se alguma sismicidade, a atividade
registada enquadrou-se no padrão associado à sequência sismo principal/réplicas
revelando o gradual decaimento em frequência e magnitude.
Em
alguns dos dias situados entre os eventos de maior magnitude a sismicidade foi
bastante reduzida, não tendo sido registado qualquer evento nesta região
epicentral no dia 28 de abril.
Desde
as 14:00 horas de hoje tem-se vindo a verificar uma maior persistência da
atividade sísmica nesta região, traduzida por um ligeiro incremento no número
de eventos registados por hora.
O
número de eventos registados no dia de hoje, até às 19:00 horas, é de cerca de
55 e o número de eventos registados desde o início desta atividade sísmica é de
cerca de 245.
A
região assinalada enquadra-se numa faixa de maior atividade sísmica situada
entre 15 e 50 quilómetros a oeste da ilha do Faial que já foi palco de
significativa atividade sísmica no passado, destacando-se a importante crise
sísmica de 1992-1993, durante a qual ocorreram vários sismos de magnitude 4 e 5
que foram sentidos pela população da ilha do Faial, e a atividade ocorrida em
março e maio de 2010.
O
CIVISA continua a acompanhar o evoluir da situação, emitindo novos comunicados
caso necessário
O
SRPCBA recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado,
sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, em
particular nas zonas mais vulneráveis, recomenda-se a observação e divulgação
das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
Manter
a calma e contar com a existência de possíveis réplicas.
Não
acender fósforos nem isqueiros e cortar imediatamente o gás, a eletricidade e a
água.
Observar
se a sua casa sofreu danos graves e sair imediatamente se achar que a casa não
oferece segurança.
Ter
cuidado com vidros partidos, cabos de eletricidade e objetos metálicos que
estejam em contacto com estes.
Em
locais públicos, não se precipitar para as saídas e não utilizar os elevadores.
Evitar
ferimentos, protegendo-se com roupa adequada e de acordo com a estação do ano.
Observar
se há pequenos incêndios e, se possível, extingui-los. Informar os bombeiros.
Limpar
urgentemente o derrame de tintas, pesticidas e outros materiais perigosos e
inflamáveis.
Afastar-se
das praias e zonas ribeirinhas. Depois de um sismo podem ocorrer tsunamis (onda
gigante).
Soltar
os animais, eles tratam de si próprios.
Se
estiver na rua, não vá para casa, dirija-se a um local amplo, protegendo-se de
estruturas que o possam atingir ao cair.
Não
dificultar a circulação das equipas de socorro e seguir as indicações dos
agentes de Proteção Civil no terreno.
Estar
atento às informações e indicações da Proteção Civil e forças de segurança.
Texto:
GaCS/SRPCBA
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