sábado, 4 de abril de 2015

6ª FEIRA SANTA NA PARÓQUIA DE FURNAS

Os Furnenses viveram o primeiro dia do Tríduo Pascal em meditação cristã na sua igreja.

Este é o primeiro dia do Tríduo Pascal: a Páscoa de Cristo crucificado, como lhe chamou Santo Agostinho. O seu nome latino é «feria VI in Passione Domini».

Não é um dia de luto, mas sim o dia que a comunidade cristã consagra à meditação adorante da cruz de Cristo, fonte da nossa salvação. Este dia está marcado, pelo menos já desde o século II, pelo jejum pascal: um jejum não penitencial, mas de iniciação próxima da Páscoa.

Na Sexta-Feira Santa nunca houve Eucaristia: é um dia, sacramentalmente, «*alitúrgico». Desde muito cedo, organizou-se para este dia, além da Liturgia das Horas, a celebração da Palavra seguida da Oração Universal e da adoração da Cruz, e, agora, também a comunhão.

As leituras deste dia centram claramente a atenção no Mistério celebrado: o quarto cântico do Servo, segundo Isaías; a Carta aos Hebreus e a Paixão, segundo S. João.

As orações solenes são antiquíssimas: quando a Oração dos Fiéis se perdeu no resto do ano, estas orações conservaram-se só na Sexta-Feira Santa, com a forma especial e solene que ainda hoje têm.

A adoração da Cruz já se conhece em Jerusalém no século IV, juntamente com a leitura da Paixão e, dali, se passou rapidamente a toda a Igreja.

A comunhão, neste dia, é que teve uma história mais movimentada. Depois de costumes inseguros, em diversas partes da Igreja, desde o século XII, estabeleceu-se a norma de que, além do sacerdote, ninguém comungasse. Pio XII, em 1955, restabeleceu a comunhão do povo, apesar da posição contrária de alguns teólogos, que defendiam a justeza do impedimento da comunhão, pelo facto de, nesse dia, não haver celebração eucarística, pelo que se justificava melhor o «jejum» pascal total deste dia, reservando a comunhão de todo o Tríduo – celebrado como um único dia – para a Eucaristia da noite pascal. Na última reforma, foi, novamente, restabelecida a comunhão para todos, a chamada «Missa ou Comunhão de pré-santificados», porque se comunga do Pão consagrado do dia anterior, da Quinta-Feira Santa.





























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