O
tribunal de Ponta Delgada, nos Açores, decidiu colocar o homem suspeito de
raptar e agredir uma menina de 12 anos em prisão preventiva, anunciou hoje
aquela instituição em comunicado lido aos jornalistas.
O
interrogatório do homem de 44 anos, que foi realizado num local não divulgado
por razões de segurança, demorou cerca de duas horas, enquanto nas imediações
do Tribunal de Ponta Delgada dezenas de populares se mantinham concentrados.
Ana
Gomes, oficial de justiça no Tribunal de Ponta Delgada, adiantou aos
jornalistas que os factos imputados ao homem “integram um crime de sequestro
agravado, consistente em, através de violência, raptar” a criança, “com
intenção de cometer sobre ela um crime sexual”, e “precedendo a atuação de
crime de ofensa à integridade física grave ou tratamento cruel”.
Na
leitura do comunicado, a oficial de justiça esclareceu que o juiz decidiu pela
medida de coação de prisão preventiva “em razão dos fortes indícios resultantes
da prova colhida, da gravidade dos factos que eles espelham, da prognosticável
pena na sequência de julgamento” e “da personalidade do arguido, manifestada em
termos e circunstâncias das quais se pode concluir pelo perigo de continuação
da prática de factos análogos”.
O
juiz levou ainda em consideração a “perturbação da tranquilidade pública que o
acontecimento suscitou, sobretudo na área da residência da menor”.
O
arguido foi detido no sábado por ser suspeito de raptar, agredir e violar uma
menina de 12 anos de quem era vizinho.
A
PSP revelou no domingo que uma menina de 12 anos foi encontrada “amarrada,
amordaçada e com marcas de violência física”, no concelho de Ponta Delgada, e
que tinha sido detido o homem suspeito de a ter raptado e agredido.
Segundo
a informação divulgada pela PSP, o homem, de 44 anos, foi detido, no sábado,
“por existirem fortes indícios de rapto, violação e homicídio na forma
tentada”.
A
Polícia de Segurança Pública disse que recebeu no sábado “a notícia do
desaparecimento de uma menina de 12 anos numa das freguesias de Ponta Delgada”
e que, após várias “diligências”, conseguiu encontrá-la “amarrada, amordaçada e
com marcas de violência física”.
A
menor estava “fisicamente muito mal tratada”, num estado que indicava que
“poderia correr risco de vida”, avançou na altura o Comando Regional da PSP dos
Açores.
A
menina foi encontrada, poucas horas depois de ter sido dado o alerta do seu
desaparecimento, na casa do homem detido no sábado, um vizinho da sua família.
A
menina está internada no hospital de Ponta Delgada, numa situação clínica
considerada estável.
Texto:
Lusa
Foto: google imagens
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