segunda-feira, 30 de março de 2015

AVELINO MENESES AFIRMA QUE TERÁ NA "DEVIDA CONSIDERAÇÃO" A PETIÇÃO SOBRE NOVA ESCOLA NA POVOAÇÃO

O Secretário Regional da Educação e Cultura afirmou na passada sexta-feira, 27 de março, em Ponta Delgada, a propósito da petição que solicita a construção de um novo complexo escolar na Povoação, em S. Miguel, que o “simples facto de, em 2008, ter havido uma petição congénere, obriga-nos a que tenhamos esta nova iniciativa na devida consideração”.

Avelino Meneses, que falava aos jornalistas no final de uma audição na Comissão dos Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa sobre esta iniciativa popular, adiantou, no entanto, que “a insistência e o clamor populares não obrigam a uma admissão acrítica de todos os motivos invocados, uns mais atendíveis e outros menos”.

“Admito que haja espaços menos adequados, eventualmente mais exíguos. Admito menos que se condene a utilização de equipamentos municipais, quase contíguos à escola, e não admito de todo que, por exemplo, se invoque o ruído da rua ou de uma cadeira sobre o chão de mosaico para se exigir a construção de uma escola, que é um investimento muito avultado e que teremos depois de pagar com mais ou menos custo, em mais ou menos tempo”, frisou Avelino Meneses.

O Secretário Regional da Educação e Cultura salientou que as condições físicas da escola da Povoação “não estão ao nível dos melhores estabelecimentos escolares da Região”, mas considerou que “isso não compromete nem o desempenho pedagógico dos estudantes, nem o exercício profissional dos docentes” e também “não é causa nem de indisciplina, nem de insucesso”.

Avelino Meneses afirmou que “a humildade, sobretudo quando temperada por uma porção de frontalidade, fica bem na política”, constatando que no Plano para 2015 e na Carta Regional de Obras Públicas “não está contemplada a construção de uma nova escola da Povoação” e que “não será fácil, perante os recursos existentes até 2020, albergar mais uma construção escolar”.

Para além disso, considerou que “há questões da história que devem ser aqui invocadas”, recordando que, num passado “não muito longínquo, não se construiu uma nova escola na Povoação, porque assim o quiseram os próprios povoacenses, porque relevaram, eventualmente bem, as vantagens da inserção da escola na malha urbana e, entre essas vantagens, estão certamente o diálogo intergeracional e a prevenção do risco ou do desvio, e relevaram-se as desvantagens da eventual deslocação da escola para um sítio mais ermo".

"Essas desvantagens passam pela desertificação do centro da vila e, eventualmente, por alguma crise na economia local”, acrescentou.

Segundo o Secretário Regional da Educação e Cultura, “nessas circunstâncias foi aumentado para mais do dobro” o espaço da Escola Básica e Secundária da Povoação e, na mesma altura, “construiu-se a escola das Furnas para diminuir a pressão estudantil sobre o estabelecimento sede do concelho”.

Avelino Meneses salientou que, no presente, “não haverá uma unanimidade em redor do projeto de uma nova escola”, por isso, referiu que “sem pressas injustificáveis e atendidos todos os constrangimentos" que apontou, "o melhor é continuarem a multiplicação dos diálogos até à obtenção de um verdadeiro entendimento”.

No futuro, prosseguiu Avelino Meneses, “passados e ponderados todos estes fatores, logo se decidirá sobre a revisão ou não da nossa Carta Escolar”.

O titular da pasta da Educação sublinhou, no entanto, que, “se alguma vez estiver em causa a segurança dos utentes da escola, aí alterar-se-ão as prioridades.

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