sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

EMPRESÁRIOS PEDEM IMEDIATA SUSPENSÃO DE TARIFAS NA LAGOA DAS FURNAS

A Associação Empresarial das Furnas pediu hoje à Câmara Municipal da Povoação, nos Açores, a imediata suspensão das tarifas que vão começar a ser cobradas no próximo domingo no espaço que envolve a lagoa da freguesia.

A associação divulgou uma carta que enviou ao presidente do município, Carlos Ávila, em que lhe pede a “imediata suspensão e posterior abolição de todas estas tarifas e que o comunique ao público com toda a brevidade possível de forma a minimizar os danos presentes e evitar danos futuros maiores”.

Os empresários garantem que, “desde o anúncio dessas tarifas, se vem registando uma redução anormal no afluxo de pessoas às Furnas”, com consequências a nível da atividade económica na freguesia.

A associação alerta ainda que sabe que “estão em curso movimentações para a organização de ações de protesto” este fim de semana nas Furnas, que podem “perturbar a atividade da restauração”.

Os empresários das Furnas reuniram-se com Carlos Ávila em março de 2014 por causa da intenção do município de cobrar taxas a quem quiser usar as covas nas imediações da lagoa para confecionar cozidos aproveitando o calor geotérmico da terra (o que inclui os restaurantes), tendo dado o aval a essa medida.

No entanto, “decorreu um ano” desde essa reunião, dizem agora os empresários, invocando que entretanto “se alteraram profundamente os pressupostos discutidos e as circunstâncias de mercado”.

Na referida reunião, os empresários não foram informados da intenção da autarquia aplicar “um pacote de tarifas adicionais” que incluem estacionamento ou o mero acesso ao espaço, por exemplo, lê-se na carta hoje divulgada.

A associação lembra, por outro lado, que a vizinha Câmara Municipal da Ribeira Grande começou há meses a disponibilizar também covas para cozidos numa zona de caldeiras, não cobrando nada pela sua utilização ou pelo acesso ao espaço, o que criou concorrência.

Para além dos empresários, também um grupo de cidadãos das Furnas se organizou num “movimento” que contesta a introdução de tarifas na zona da Lagoa, um dos principais pontos de atração turística da ilha de São Miguel, nos Açores.

Texto: Lusa

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