terça-feira, 20 de janeiro de 2015

ESCLARECIMENTO AO CIDADÃO CARLOS ÁVILA SOBRE O POST "O FORTE MILITAR DA POVOAÇÃO"

Relativamente ao post que publicamos ontem sob o título " RUÍNAS DO FORTE DE NOSSA SENHORA DA MÃE DE DEUS", o qual estava ilustrado com uma fotografia da construção fortificada existente na encosta traseira da denominada "casa das Bonanças", entendeu o Sr. Carlos Ávila emitir um esclarecimento, no qual e "sobre o post colocado pelo "Olhar Povoacense", de modo a repor-se a verdade histórica", alega que a nossa informação não corresponde à verdade. Relativamente a este assunto, somos a informar o seguinte:

1. A foto que ilustrou o nosso post é idêntica à da página oficial do Governo Regional dos Açores, onde é referido ser aquela construção o referido forte. Tomamos e temos como fonte credível a publicação do site do Governo Regional dos Açores, sobre a qual e de que haja conhecimento ninguém até à data a colocou em causa.

2. Por outro lado, na documentação publicada pelo Sr. Carlos Ávila na sua página do Facebook, nomeadamente o "Tombo do Prédio Militar Nº. 13", o referido forte é descrito como "uma pequena obra destinada à defesa do porto que o mar destruiu completamente", referindo inclusive o facto de ter sido completamente destruído pelo mar para ser eliminado do inventário. Ora se tratava de uma pequena obra totalmente destruída e até eliminada do inventário militar, adensa-se, na medida em que a referência a 300 metros quadrados e 9 canhoeiras, não parece encaixar-se na descrição "pequena obra", além de que se foi totalmente destruído, o que resta e que é objeto da intenção de classificação, nomeadamente a infraestrutura que suporta o farolim, pode muito bem ter sido uma construção mais recente, aproveitando inclusive material do primitivo forte, como era, aliás, muito habitual.

3. Por outro lado ainda importa esclarecer de que se trata da construção fortificada existente por detrás da casa das Bonanças e porque razão a página oficial do Governo Regional a apresenta como sendo o Forte da Mãe de Deus, sendo que, do ponto de vista defensivo e em termos de poder de fogo esta localização afigura-se-nos como muito possível.

4. Por fim e de modo a ficarmos todos esclarecidos convinha saber exatamente do que é que falamos e já agora aproveitar este súbito e bem vindo interesse pelo nosso património tantas vezes maltratado no passado recente e mesmo no presente, para deslindar toda esta confusa informação.

-Será a estrutura que suporta o farolim o que resta do Forte da Mãe de Deus, ou terá sido uma pequena reconstrução aproveitando o material do forte destruído pelo mar, como refere o documento, para suportar o farolim?

-Será construção fortificada das traseiras da casa das Bonanças o que resta do Forte da Mãe de Deus? E se não é, era então o quê? E porque é referida como sendo o Forte da Mãe de Deus na página oficial do Governo Regional dos Açores, publicação esta suportada pelos técnicos e investigadores históricos da Direção Regional da Cultura?

São estas as questões que gostávamos de ver esclarecidas e cujas dúvidas a publicação do Sr. Carlos Ávila, no seu Facebook, vieram adensar ainda mais. Antes de se proceder à classificação e de forma a evitar imbróglios futuros é o que recomenda o bom senso e o rigor histórico.

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