sexta-feira, 24 de outubro de 2014

AÇORIANOS PREPAREM-SE PARA A REALIDADE

É preciso ver o seguinte: Nós importamos mais do que aquilo que produzimos. Estamos tão ligados e dependentes do estrangeiro, que se houver um "espirro", os Açores constipam-se, logo, assim que surgir algum problema ou situação político-económica mais grave a nível exterior, são os açorianos novamente a estarem no centro do assunto.

Sim, porque não tou vendo a marinha portuguesa e nem o Governo português mandarem para o arquipélago toneladas e toneladas de alimentos só para sustentar 250.000 almas que vivem no meio do mar. Somos nós que temos que nos bastar a nós mesmos e deixar de estarmos fiados que sejam os outros a tomarem as nossas rédeas, dando o sustento e a papinha feita. Estamos perante um paradigma imensamente ambicioso com pretensões à universalidade.

Puro engano. A história repete-se sempre.

O modelo de sociedade que esse sistema tenta impor na Terra, não só é incompatível com aquilo que de melhor existe na condição humana como configura uma ameaça concreta à própria continuidade da vida no planeta.

A história ensina-nos que não há impérios eternos.

Portanto, quer queiramos quer não, esta economia global tem pés de barro e é até bastante frágil, por isso, os açorianos não terão outro remédio senão voltarem-se outra vez todos para a terra, e em vez dos centros comerciais, dos hotéis e dos hipermercados, vão passar a criar lindas terras e lindos campos de cultivo nas suas ilhas, tal como faziam os nossos avós e os nossos bisavós se realmente quiserem sobreviver.

O mesmo convite é também viável para todos os amigos estrangeiros e do continente que aqui residem porque o "sacho" nas mãos não é só para uns, mas sim para todos, e se não sabem sachar terra, ainda estão em boa idade de aprender porque não são melhores que os nativos!

Por: Pedro Paiva

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