O
Presidente do Governo revelou ontem que mais de 70 por cento das Instituições
Particulares de Solidariedade Social (IPSS) dos Açores já assinaram os novos
acordos de financiamento com o Executivo, que reservou para esta área um
reforço de verbas para este ano.
“Há
um reforço do montante global disponibilizado para a celebração de acordos com
as IPSS, que passa de 52 milhões para 53,6 milhões de euros”, adiantou Vasco Cordeiro
aos jornalistas, à margem da inauguração das obras de requalificação e
ampliação do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia da Povoação, na ilha
de São Miguel.
O
Governo espera, assim, que este processo possa entrar em velocidade de cruzeiro
o mais rapidamente possível, uma vez que, no caso das IPSS, mais de três
quartos dos acordos já estão assinados, assim como mais de 70 por cento, no
caso específico da Misericórdias, afirmou Vasco Cordeiro.
Na
sua intervenção, o Presidente do Governo salientou, por outro lado, que o
investimento de cerca de 1,7 milhões de euros no lar ontem inaugurado constitui
mais um testemunho da opção política do Governo dos Açores de “não deixar
ninguém para trás, sobretudo os que se encontram numa situação de maior fragilidade”.
“Também
ao nível das infraestruturas, há essa opção clara para, de modo próprio ou em
parceria com as instituições, dar aos nossos idosos as condições mais do que
merecidas para que, nesta fase da sua vida, possam ter o conforto e a dignidade
a que têm direito”, referiu Vasco Cordeiro.
Nesse
sentido, o Presidente do Governo anunciou que a Carta Regional das Obras
Públicas prevê, entre outros investimentos de âmbito social, a construção do
Lar de Idosos do Pico da Pedra, a terceira fase do Lar de Idosos da Maia, na
Ribeira Grande, ou o Centro de Dia da Bretanha.
Na
inauguração das obras que aumentaram a capacidade de acolhimento do lar da
Povoação de 20 para 40 idosos, Vasco Cordeiro salientou que esta opção política
de “não deixar ninguém para trás” materializa-se ainda através de um conjunto
de outras medidas, como é o caso do Complemento Regional de Pensão, que, nos
últimos anos, teve aumentos sucessivos que, no global, ascendem a cerca de 20
por cento do seu valor, assim como o apoio à aquisição de medicamentos para
idosos.
“O
Governo não pode fazer tudo, mas que não reste a mínima dúvida que, sobretudo
nesta conjuntura em que vivemos, o Governo está a fazer tudo o que pode e conta
nesta tarefa com o contributo fundamental, desde logo, das IPSS”, frisou Vasco
Cordeiro.
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