O
Secretário Regional da Saúde afirmou ontem, em Ponta Delgada, que a nova
unidade móvel de rastreio do cancro de mama, oferecida pela associação Laço,
vai contribuir para que seja possível "alargar, com maior qualidade e
segurança” o plano de rastreios que está a ser implementado nos Açores, “que
tem permitido salvar muitas vidas”.
Esta
é a segunda unidade oferecida pela Laço, uma instituição privada sem fins
lucrativos dedicada ao combate ao cancro de mama, tendo Luís Cabral manifestado
o agradecimento do Governo Regional dos Açores por “esta significativa doação”.
A
unidade hoje inaugurada fica sedeada em Ponta Delgada, enquanto a outra,
entregue em 2010, está a funcionar na ilha Terceira, deslocando-se às restantes
ilhas no Verão, de modo a que os rastreios cheguem a todo o arquipélago.
“O
programa ganha agora um novo alento”, frisou Luís Cabral, salientando que é
possível continuar o trabalho que está a ser desenvolvido “com melhor qualidade
e maior segurança para os técnicos” envolvidos.
Os
dois equipamentos são Mamógrafos Digitais Diretos, que se destacam pela
qualidade de alta resolução das imagens e pela redução significativa dos níveis
de radiação e de ruído emitidos.
“A
partir de agora, o programa de rastreio de cancro da mama passa a dispor de
total conformidade tecnológica”, salientou o Secretário Regional da Saúde.
O
programa de rastreio de cancro da mama iniciou-se nos Açores há cinco anos,
tendo sido já efetuados 54.332 exames a mulheres na faixa etária dos 45 aos 74
anos.
O
exame é realizado de dois em dois anos e já vai na terceira volta, tendo-se
registado em cada uma delas um aumento significativo da taxa de adesão, o que é
um sinal de que as pessoas compreendem a importância deste exame.
Além
do rastreio de cancro da mama, está também a decorrer, desde abril de 2010, o
Programa de Rastreio de Cancro do Colo do Útero que, ao fim da primeira volta,
em dezembro de 2013, já tinha permitido rastrear 24.000 mulheres.
Iniciou-se
também, na ilha do Faial, em janeiro deste ano, uma experiência piloto para o
rastreio do cancro colo retal, que vai abranger 60 mil açorianos entre os 50 e
os 69 anos.
Luís
Cabral salientou que já “foram dadas indicações para se iniciarem os trabalhos
preparatórios para o rastreio da cavidade oral", sendo este "o
próximo rastreio a pôr no terreno”.
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