O
Secretário Regional da Educação, Ciência e Cultura, afirmou hoje, em Ponta
Delgada, que o Hino dos Açores “não corre qualquer perigo”, considerando que
“está consolidado e é aceite pela generalidade das pessoas”.
Luís
Fagundes Duarte frisou que o Hino dos Açores “é intocável, ou seja, não pode
nem deve ser posto em causa por ninguém, uma vez que resulta de uma decisão
tomada pelos órgãos próprios da Autonomia, no momento certo.”
O
Secretário Regional, que falava no final de uma audição na Comissão de Assuntos
Parlamentares, Ambiente e Trabalho da Assembleia Legislativa dos Açores,
defendeu que este símbolo da Autonomia “deve ser incentivado junto das
escolas”, acrescentando que é necessário passar para as crianças o
“conhecimento sobre a música e sobre a letra do hino.”
“Trata-se
de uma música composta no século XIX por um músico açoriano ligado às
filarmónicas e, no que diz respeito à letra, refere-se a um poema de Natália
Correia composto propositadamente para servir de letra ao Hino dos Açores”,
salientou.
Luiz
Fagundes Duarte referiu que está claramente determinado no Estatuto do Aluno e
no Diploma da Gestão e Criação das Unidades Orgânicas do Sistema Educativo
Regional que os alunos “devem aprender na escola a letra e o hino e que os
professores devem explicar a razão de ser dessa letra e dessa música”.
O
Secretário Regional da Educação, Ciência e Cultura disse ainda que o Governo
Regional dos Açores está a fazer tudo para que seja concretizado nas escolas
“aquilo que está determinado na lei”, como forma dos alunos entenderem a
“simbologia do hino e dos símbolos heráldicos da Região”.
Letra do Hino dos Açores
Deram
frutos a fé e a firmeza
no
esplendor de um cântico novo:
os
Açores são a nossa certeza
de
traçar a glória de um povo.
Para
a frente! Em comunhão,
pela
nossa autonomia.
Liberdade,
justiça e razão
estão
acesas no alto clarão
da
bandeira que nos guia.
Para
a frente! Lutar, batalhar
pelo
passado imortal.
No
futuro a luz semear,
de
um povo triunfal.
De
um destino com brio alcançado
colheremos
mais frutos e flores;
porque
é esse o sentido sagrado
das
estrelas que coroam os Açores.
Para
a frente, Açorianos!
Pela
paz à terra unida.
Largos
voos, com ardor, firmamos,
para
que mais floresçam os ramos
da
vitória merecida.
Para
a frente! Lutar, batalhar
pelo
passado imortal.
No
futuro a luz semear,
de
um povo triunfal.
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