quarta-feira, 16 de outubro de 2013

CELEBRA-SE HOJE O DIA MUNDIAL DA COLUNA

Dores nas costas afetam mais de 600 milhões de pessoas

As dores nas costas afetam 632 milhões de pessoas em todo o mundo, um número que aumentou cerca de 45 por cento nos últimos 20 anos, de acordo com um estudo publicado recentemente na revista Lancet. Em Portugal, 72,4 por cento da população refere que sofre ou já sofreu de dores nas costas, alerta a Campanha Olhe Pelas Suas Costas, no âmbito do Dia Mundial da Coluna, que se celebra a 16 de Outubro.


“O envelhecimento da população, o sedentarismo, os movimentos incorretos e as posturas erradas são as principais causas que levam as pessoas a ter dores nas costas. Por outro lado, muitos portugueses continuam a acreditar nos mitos associados à cirurgia da coluna, o que acaba por afastá-los por vezes do tratamento adequado e contribuir para uma má qualidade de vida decorrente das dores nas costas no seu dia-a-dia”, explica Paulo Pereira, Coordenador Nacional da Campanha Olhe pelas Suas Costas.

E acrescenta: “O procedimento cirúrgico na coluna vertebral mais frequente é o tratamento das hérnias discais sintomáticas, que afetam cerca de 3 por cento da população e são mais usuais entre os 35 e os 50 anos de idade. Quando o tratamento cirúrgico é necessário, habitualmente trata-se de um procedimento simples, com baixo risco de complicações, que implica um internamento curto e um rápido restabelecimento. As técnicas microcirúrgicas e minimamente invasivas permitem cicatrizes menores e menos lesão dos músculos da região lombar, o que muitas vezes se traduz num pós-operatório mais benigno e um regresso mais precoce à vida ativa em cirurgias tradicionalmente mais complexas”.

Na população mais sénior, a estenose lombar é a doença da coluna mais comum, afetando cerca de 20 por cento das pessoas com mais de 65 anos. “A compressão das raízes nervosas pode provocar dor, especialmente durante a marcha, diminuição da força nos membros inferiores, diminuição da sensibilidade e mesmo alterações no controlo da urina e fezes. Quando os sintomas são ligeiros, o recurso a medicamentos, alterações do estilo de vida e um programa de fisioterapia podem ser suficientes para o alívio dos sintomas. No entanto, quando os sintomas se tornam mais graves, a cirurgia torna-se necessária para descompressão das estruturas nervosas e geralmente traduz-se numa melhoria significativa da qualidade de vida do doente”, explica Paulo Pereira.

Entre as principais doenças associadas às dores nas costas os portugueses destacam as hérnias discais (33,6 por cento), os “bicos de papagaio” (19,4 por cento) e a escoliose (14,8 por cento). No entanto quase metade dos portugueses (41,7 por cento) admite que nunca ouviu falar de doenças relacionadas com as dores nas costas.

Sobre as dores nas costas

As dores nas costas são a segunda causa mais frequente das visitas ao médico. As doenças que afetam a coluna representam mais de 50 por cento das causas de incapacidade física. Um estudo, realizado no âmbito desta campanha, indica que 28,4 por cento dos portugueses sentem que a sua atividade profissional já foi prejudicada ou comprometida de alguma forma pelo facto de terem dores nas costas e mais de 400 mil portugueses faltam ao trabalho por ano por este motivo.

A coluna vertebral é composta por trinta e três pequenos ossos ou vértebras que sustentam o corpo e protegem a medula. Entre cada duas vértebras típicas existe um disco intervertebral, que ajuda a absorver as pressões e impede o atrito entre as vértebras. Para além de servirem de amortecedores, estes discos garantem a flexibilidade da coluna vertebral e permitem o movimento.

Sobre a campanha Olhe pelas Suas Costas

A campanha Olhe pelas Suas Costas é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, em parceria com a Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral, Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia e Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia. Para mais informações consulte: http://www.olhepelassuascostas.com/ ou visite o facebook: https://www.facebook.com/olhe.costas


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