terça-feira, 16 de julho de 2013

I TEMPORADA DE VIOLAS DA TERRA FOI UM SUCESSO

Decorreu de 22 de Junho a 10 de Julho a I Temporada de Violas da Terra organizada pela Associação de Juventude Violas da Terra sedeada na freguesia de Ribeira Quente.

Este Temporada de Violas da Terra pretendeu juntar os eventos que a Associação já organizava num cartaz único e mais forte, mas, também, inserir novos eventos e novos desafios aos tocadores de Viola da Terra nos Açores.

Os 4 eventos realizados foram todos um grande sucesso com grande participação de público e ainda com momentos musicais de grande nível proporcionados por artistas regionais e não só, todos ligados directamente às nossas Violas.

A 22 de Junho tivemos a abertura da Temporada com o Concerto do IV Encontro de Violas Açorianas, na sede do Alpendre, na Ilha Terceira e inserido nas Sanjoaninas 2013, num concerto com tocadores de Viola da Terra de 5 ilhas dos Açores: Flores, Graciosa, Pico, Terceira e São Miguel, em qua cada um trouxe a riqueza da sua ilha, das suas vivências, pela sonoridade da sua Viola.

A 26 de Junho, o Centro de Estudos Natália Correia, na Fajã de Baixo, encheu-se para receber as Conversas à Viola “com elas”, um evento inédito e que contou com a brilhante participação de 4 tocadoras com idades entre os 13 e os 26 anos, que demonstraram o trabalho que estão a desenvolver com a Viola da Terra e o seu toque feminino na execução da mesma. Para além disso, houve a apresentação de final de ano das Escola de Viola da Terra da Fajã de Baixo.

O mês de Julho trouxe o Palco Aberto, outra novidade, que decorreu a 6 de Julho na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, e que foi um desafio lançado aos tocadores da Ilha de São Miguel para apresentarem trabalhos a solo, duo ou em trio, dentro daquilo que estão a tocar actualmente ou daquela que á a visão pessoal de cada um sobre a Viola. Houve 8 participações, algumas delas que se formaram propositadamente para o evento, e que trouxeram desde sonoridades de cabo verde, Jazz, Carlos Paredes, Villa Lobos e muita música instrumental tradicional dos Açores.  Uma tarde recheada de talento e que esperemos possa ser o lançar de novos projectos e a afirmação de outros artistas com a nossa Viola.

A encerrar esta Temporada tivemos o Violas do Atlântico III. Se nas duas edições anteriores desfrutamos das sonoridades da Viola de Arame da Madeira com Vitor Sardinha, e da Viola Caipira do Brasil com Chico Lobo, este ano tivemos a juntar à Viola da Terra de Rafael Carvalho a Viola Braguesa, pelas mãos do músico José Barros, que ainda encantou a todos com a sua voz fascinante. A 9 de Julho, na Ribeira Quente, foi o primeiro concerto, cuja abertura foi pela Escola de Violas da Ribeira Quente, com a população a comparecer em apoio, como de costume e a deliciar-se com a junção das duas violas. No dia 10 de Julho tivemos o encerramento, no Coliseu Micaelense, com abertura pela Escola de Violas da Fajã de Baixo e, ainda com a participação especial de Ana Medeiros (voz e viola) e da Micaela Sousa (violino). O público marcou presença e deixou-se encantar pelos duetos de José Barros e Ana Medeiros, bem como pela junção de todos os instrumentos em palco.

Foram cumpridos os objectivos propostos no início da Temporada, de valorizar a Viola da Terra, promove-la e dar a conhecer cada vez mais os seus intervenientes. De juntar experiências musicais diferentes em palco de modo a enriquecer o evento pela troca de conhecimentos e, ainda, de aparecerem novas sonoridades, novas formas de ver a nossa Viola sem nunca esquecer as nossas raízes.

Este evento só foi possível graças à participação dos nossos tocadores e amantes da viola, das suas famílias e amigos e de todos os que têm vindo a fazer crescer a “Família da Viola”, cada vez maior.

A I Temporada de Violas da Terra teve o apoio das Sanjoaninas 2013, Fundação Inatel, Direcção Regional da Cultura e Direcção Regional do Turismo (após reanálise de candidatura apresentada), sendo ainda organizada em colaboração com a Sede do Alpendre, Centro de Estudos Natália Correia, Biblioteca Pública e Arquivo Regional, Junta de Freguesia da Ribeira Quente, Coliseu Micaelense, Associação Amigos da Maia.

Acima de tudo comprova-se que se conseguem realizar grandes eventos mesmo com poucos apoios desde que haja uma boa colaboração institucional entre as entidades e boa vontade de todos.

 A todos o nosso grande agradecimento e, também, para a comunicação social que fez uma grande cobertura destes eventos, como a RTP e RDP Açores, e ainda muitos outros jornais, blogues, rádios e particulares. Como temos defendido sempre, se estas coisas não forem divulgadas e registadas, é quase como se não tivessem sido feitas.

Um bem-haja a todos.

Associação de Juventude Violas da Terra


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