O Eurodeputado Luís Paulo Alves foi nomeado relator do
Parlamento Europeu para uma Opinião sobre "combate ao desemprego juvenil:
soluções possíveis", na Comissão de Desenvolvimento Regional.
A produção de uma Opinião sobre este tema surge por
iniciativa do Parlamento Europeu, considerando que se assiste hoje a um drama
sem precedentes para os jovens. Apenas na Áustria e na Holanda o desemprego
jovem é inferior a 10%, quando na Eslováquia e Lituânia
ultrapassa os 30%, em Portugal ultrapassa os 40% e na Grécia e na Espanha, vai
além dos 55%. Em janeiro de 2013, na União Europeia, 23% dos jovens ativos
estavam desempregados. Em 2011 já 7,5 milhões de jovens entre os 15 e os 24
anos e 6,5 milhões de jovens, entre os 25 e os 29 anos não estavam a estudar,
nem a trabalhar, nem a seguir uma formação. Para além disso, de acordo
com o Eurofund, em 2011, a estimativa de perda económica resultante do
afastamento dos jovens do mercado de trabalho ascendia a 153 mil milhões de
euros.
Para Luís Paulo Alves "temos de fazer tudo o que está ao nosso alcance para mudar
esta situação, porque se hoje se destrói ou adia a possibilidade dos jovens
construírem um projeto de vida, também os Estados desperdiçam competências preciosas
da geração mais qualificada de sempre. A Europa e sobretudo os países em
maiores dificuldades nesta crise perdem know-how e ainda mais capacidade
competitiva."
Tudo isto, levou a que a União Europeia já começasse a
olhar com mais atenção para o fenómeno do desemprego jovem, como a promoção da
"Iniciativa Oportunidades para a Juventude", a "Iniciativa para
o Emprego dos Jovens", a "Juventude em Movimento" ou as
propostas para um "Garantia para a Juventude". Para Luís Paulo Alves
é natural que se olhe com particular atenção para este problema, pois "os
jovens são dos mais afetados pela crise económica, colocando-se numa posição
muito desfavorecida e só reversível com a economia a funcionar e com a adoção
de políticas ativas estruturantes direcionadas para os jovens a para resultados
sustentáveis para o pós-crise. É com este pensamento que vou propor
soluções".
Por outro lado, adianta, "Terei em consideração que
só com o conhecimento rigoroso dos contextos locais é que é possível a adoção
de uma solução global para a problemática. Por isso devemos pensar global e
agir local. Até porque, apesar de serem genericamente graves, os indicadores
divergem de região para região". O Eurodeputado conclui: "As análises
prospetivas locais devem resultar no fomento das interajudas entre
instituições/organizações/associações, ligando a formação e as necessidades das
empresas, no curto, no médio/longo prazo, na defesa de estágios profissionais e
sugestão de apoios à contratação por parte do tecido empregador. Este deve ser
o método para toda a Europa".
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