quarta-feira, 24 de abril de 2013

LUÍS PAULO ALVES RELATOR DO PE SOBRE DESEMPREGO JOVEM


O Eurodeputado Luís Paulo Alves foi nomeado relator do Parlamento Europeu para uma Opinião sobre "combate ao desemprego juvenil: soluções possíveis", na Comissão de Desenvolvimento Regional.


A produção de uma Opinião sobre este tema surge por iniciativa do Parlamento Europeu, considerando que se assiste hoje a um drama sem precedentes para os jovens. Apenas na Áustria e na Holanda o desemprego jovem é inferior a 10%, quando na Eslováquia e Lituânia ultrapassa os 30%, em Portugal ultrapassa os 40% e na Grécia e na Espanha, vai além dos 55%. Em janeiro de 2013, na União Europeia, 23% dos jovens ativos estavam desempregados. Em 2011 já 7,5 milhões de jovens entre os 15 e os 24 anos e 6,5 milhões de jovens, entre os 25 e os 29 anos não estavam a estudar, nem a trabalhar, nem a seguir uma formação. Para além disso, de acordo com o Eurofund, em 2011, a estimativa de perda económica resultante do afastamento dos jovens do mercado de trabalho ascendia a 153 mil milhões de euros.

Para Luís Paulo Alves "temos de fazer tudo o que está ao nosso alcance para mudar esta situação, porque se hoje se destrói ou adia a possibilidade dos jovens construírem um projeto de vida, também os Estados desperdiçam competências preciosas da geração mais qualificada de sempre. A Europa e sobretudo os países em maiores dificuldades nesta crise perdem know-how e ainda mais capacidade competitiva."

Tudo isto, levou a que a União Europeia já começasse a olhar com mais atenção para o fenómeno do desemprego jovem, como a promoção da "Iniciativa Oportunidades para a Juventude", a "Iniciativa para o Emprego dos Jovens", a "Juventude em Movimento" ou as propostas para um "Garantia para a Juventude". Para Luís Paulo Alves é natural que se olhe com particular atenção para este problema, pois "os jovens são dos mais afetados pela crise económica, colocando-se numa posição muito desfavorecida e só reversível com a economia a funcionar e com a adoção de políticas ativas estruturantes direcionadas para os jovens a para resultados sustentáveis para o pós-crise. É com este pensamento que vou propor soluções".

Por outro lado, adianta, "Terei em consideração que só com o conhecimento rigoroso dos contextos locais é que é possível a adoção de uma solução global para a problemática. Por isso devemos pensar global e agir local. Até porque, apesar de serem genericamente graves, os indicadores divergem de região para região". O Eurodeputado conclui: "As análises prospetivas locais devem resultar no fomento das interajudas entre instituições/organizações/associações, ligando a formação e as necessidades das empresas, no curto, no médio/longo prazo, na defesa de estágios profissionais e sugestão de apoios à contratação por parte do tecido empregador. Este deve ser o método para toda a Europa".


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