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segunda-feira, 15 de junho de 2015

OS NOSSOS TALENTOS: PRODÍGIO DO CARAVELA D´OURO DA POVOAÇÃO CONTINUA A TOCAR E COMPOR MÚSICAS COM SUCESSO

O Jornal Correio dos Açores de Domingo, 14 de Junho de 2015, na rubrica “Os Nossos Talentos” da autoria do Dr. António Pedro Costa, desta feita, foi ao encontro do povoacense Paulo Jorge Correia Furtado, entrevista que reproduzimos na integra:

Paulo Jorge Correia Furtado é um jovem talento da Povoação que cresceu envolto na música, já que o seu pai, Jorge Furtado, membro do famoso grupo musical 4+1 lhe repassou os genes musicais. Foi vencedor da Gala Regional dos Pequenos Cantores Caravela D’Ouro pela primeira em 1985, tinha então 4 anos de idade, em 1987 com 6 anos de idade volta a concorrer e ganha novamente o primeiro lugar, desta feita, participa na IX Gala Internacional dos Pequenos Cantores da Figueira da Foz vencendo também o primeiro lugar, que lhe deu o direito a participar na internacional Gala Sequim d’Ouro em Itália. Trata-se de um jovem muito activo no concelho da Povoação e um compositor de letras e músicas nato, gosta particularmente de tocar piano, mas também toca qualquer instrumento de cordas.

Correio dos Açores Desde criança que começaste a cantar, conta-nos como aconteceu.

Paulo Jorge Furtado – Em 1984, comecei a cantar com o meu pai, tinha apenas a idade de 3 anos. No ano seguinte, em 1985, concorri ao festival da Canção Caravela D’Ouro da Povoação com a música “gosto de cantar”, sendo a letra feita por meu pai e a música de Laurindo Araújo, tendo ganho aquela edição do festival.

No ano seguinte, 1986, novamente concorri com a música “O meu gatinho farrusco”, novamente ganhei, a melhor letra para criança, melhor música e melhor interpretação, o que me possibilitou concorrer à Gala Internacional dos Pequenos Cantores da Figueira da Foz, onde participaram crianças de vários países como Espanha, França, Itália, Suécia, Finlândia, Macau, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e claro Açores. Concorri com dois temas, “Gosto da escola” e “No reino das abelhas”, ambas da autoria do maestro Victor Rodrigues, natural das Furnas, e ganhei o 1º lugar, com a melhor interpretação do tema “Gosto da escola”, fazendo com que eu pudesse ir ao famoso concurso de música infantil, o festival Sequim D’Ouro, em Itália. Por razões que ainda hoje desconheço, não participei e assim Portugal não concorreu na edição daquele ano.

Representei Portugal nas Comunidades Portuguesas na igreja de São Salvador do Mundo em Mississauga, Canadá, no 1º show de talento infantil, onde participaram várias crianças vindas de todo o mundo, nomeadamente França, Itália e Moçambique. Um ano mais tarde representei novamente, mas em Ontário. Mas não parei por aí... continuei a cantar com o meu pai, nas suas actuações nos 4+1, onde cantava todos os temas que tinha cantado antes, mais alguns que ele compusera. Dois anos mais tarde, o meu pai formou um trio, composto por ele, por mim e meu irmão.

C.A. – Qual foi o teu primeiro instrumento?

P.F. - Quando tinha 10 anos ofereceram-me um piano, ganhando muito interesse em aprender a tocar, pelo que os meus pais decidiram colocar-me em aulas privadas. Mas as aulas só «duraram 4 meses e tive que explorar o instrumento pelos meus próprios meios.

C.A. Como prosseguiu a tua ligação à música?

P.F. – Aos doze anos eu entrei para o grupo coral de Nossa Senhora Mãe de Deus, onde cantávamos regularmente todos os Domingos e nas principais festas, como no Corpo de Deus, Natal, Páscoa e Nossa senhora Mãe de Deus.

Permaneço ainda lá até aos dias de hoje. Também integrei a Tuna Povoacense, sob a tutela de Daniel Leite, aproveitando para aprender a tocar bandolim, instrumento que desconhecia por completo na altura.

Na altura, tivemos várias actuações com a tuna, nomeadamente, festas populares, religiosas, festivais da juventude e tocámos também no Natal dos Hospitais, no Teatro Micaelense, em 1996 e participamos numa festa de comunidade portuguesa, em Fall River, EUA em 1993. Depois de alguns anos a tocar, em 2003, Daniel Leite decidiu terminar a Tuna e fizemos o nosso último concerto na Povoação. No entanto, por ocasião do 90º aniversário do Sr. Daniel, alguns dos antigos membros da tuna juntaram-se para fazer-lhe uma homenagem. Alguns membros desta tuna estão a pensar em continuar com a tuna.

C.A. Como aparece os New Generation?

P.F. – Esta banda de garagem foi formada com os meus primos, todos eles filhos dos 4+1, banda a que pertenceu meu pai. Tocamos em vários sítios, nomeadamente Ribeira Grande, nas festas de Santana, na Ribeira Quente, Ponta Delgada, Lagoa, Rabo de Peixe, Vila Franca, Povoação e muitos mais. Tocámos também em 4 anos consecutivos no famoso Carnaval «Verde e Amarelo» da Povoação, tornando-nos na banda residente, durante a nossa existência. Tentamos gravar originais, mas foi pena porque quando estávamos a concretizar este sonho, cada primo teve de se separar por causa do trabalho.

C.A. Também passaste pela Academia Musical e pela Orquestra Ligeira da Povoação. Como aconteceu?
P.F. – Entrei para a Academia Musical da Povoação, na tentativa de acabar o curso de piano, mas fiquei só com o 4º nível, entrando também para o curso de violino, atingindo o nível 2. Depois fui convidado pelo maestro Chris Alexander para fazer parte da Orquestra Ligeira da Câmara Municipal da Povoação, tocando guitarra, onde permaneci durante 2 anos. De seguida fui convidado para tocar piano na mesma orquestra, agora sob a batuta de Laurindo Araújo, o mesmo compositor das minhas músicas quando era criança, tendo por lá permanecido até hoje, onde sou músico com a função de pianista. Com esta orquestra já tocámos em várias festas populares, religiosas, eventos sociais, eventos culturais, concursos, e festivais. Já viajámos 4 vezes para as ilhas, sendo 2 delas para o Faial tocando na Semana do Mar, uma para a Terceira, tocando nas festas da Praia e o ano passado para a ilha das Flores nas festas do Cais. Fomos convidados este ano para tocarmos nas comunidades portuguesas nos EUA. A orquestra, todos anos, toca no conhecido Festival infantil Caravela D’Ouro, na Povoação, onde coincidentemente comecei por tocar... foi talvez o destino.

C.A. Fala-nos agora do Quarteto a Academia e do Conjunto Oceanus por onde também passaste.

P.F. – Fui convidado a integrar o quarteto, formado por bateria, baixo, piano e saxofone e onde iríamos tocar em todas as festas religiosas, populares, casamentos, concursos, bares, noites e eventos sociais. Também actuamos num evento que se realizou no Teatro Micaelense para emigrantes do Canadá. Actualmente ainda toco neste quarteto.

Mais tarde, eu fui convidado para entrar no conjunto Oceanus e fui destacado para entrar como pianista. Lá fomos mais longe, onde actuamos em várias festas, nomeadamente em casamentos, festas populares, festas religiosas, festivais de juventude, passagens de ano, 4 reveillons consecutivos no coliseu de Ponta Delgada, entre 2012 e 2015, tocamos muitas vezes em bares de Ponta Delgada, entre eles o bar da Baía dos Anjos, Dinus Bar, o Fair Play, e tocamos também num evento de concerto de caridade efectuado em Ponta Delgada. Fomos uma vez ao Pico, às festas de S. João onde tocamos cerca de 5 horas seguidas. Em santa Maria fomos às festas de Almagreira, 3 anos, e recentemente fomos ao Asas do Atlântico aquando do seu aniversário, os seus 68 anos, bem como no Carnaval 2015. Actualmente ainda toco nos Oceanus.

C.A. Como homem da música que outros projectos integraste?

P.F. – Sim, tenho outros projectos musicais, tais como um duo com o primo, ao qual intitulei de “the cousins duo”, onde já participamos em algumas festas religiosas e alguns natais... Já fiz cerca de 10 marchas de S. João, para as festas na Lomba do Loução e também fiz uma marcha alusiva ao 50º aniversário da Escola Profissional Monsenhor João Maurício de Amaral Ferreira. Já compus 5 músicas para o festival infantil Caravela D’Ouro, onde já ganhei o prémio de melhor música, com o tema “O jogo do Rodrigo”.

Toco no grupo infanto-juvenil de Nossa Senhora Mãe de Deus e no grupo coral de Nossa Senhora dos Remédios e de Nossa Senhora da Graça.

Todos os anos fazemos uma celebração da abertura das luzes, dia 8 de Dezembro, na Freguesia de Nossa senhora dos Remédios e toco piano nesse evento.

António Pedro Costa

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